Mais caro para sair e chegar a Curitiba

Disponibilizados desde sexta-feira pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os editais para a concessão rodoviária de sete trechos de estradas federais podem indicar como será deixar ou chegar em Curitiba por via terrestre a partir do próximo ano.

Com a maioria das rodovias interestaduais já privatizadas, o curitibano também terá de pagar pedágio para se deslocar para outros estados. Dos sete trechos a serem leiloados, três tem como ponto de partida (ou chegada) a capital paranaense: BR-116 – Curitiba – São Paulo; BR 116 – Curitiba – Divisa SC/RS; e BR 376/101 -Curitiba – Florianópolis. Com a privatização desses sete trechos, a ANTT espera um investimento de R$ 19 bilhões.

Com o leilão marcado para o dia 9 de outubro, as empresas vencedoras terão um prazo de seis meses após a assinatura dos contratos para concluir os ?trabalhos iniciais? previstos nos editais, cadastrar o passivo ambiental da rodovia e implantação das praças de pedágio. Com a conclusão desses serviços, a empresa estará autorizada a cobrar a tarifa de pedágio para o trecho em que atua, o que deve ocorrer a partir do segundo semestre de 2008. As concessões serão válidas por 25 anos.

De Curitiba para São Paulo estão previstas seis praças de pedágio na Régis Bittencourt.

Se as concessões representam um gasto a mais nas viagens: Para o trajeto Curitiba – São Paulo, por exemplo, um veículo gastará, aproximadamente, R$ 20,00, e para Florianópolis, R$ 13,50; também significam maior investimento em segurança nas estradas (há investimentos previstos para a Polícia Rodoviária Federal e para a recuperação das estradas já nos primeiros seis meses da concessão). A privatização dos trechos pode representar, também, a realização de obras aguardadas há muito tempo pelos usuários das rodovias, como a construção de trevos, duplicação de trechos e sinalização adequada.

Entre os trabalhos iniciais, que serão realizados pelas concessionárias antes do início da cobrança do pedágio, estão a recuperação de toda a pavimentação e iluminação das estradas, reforma e pintura dos guarda-corpos, adequação da vegetação nas margens da pista e sinalização, entre outros. A concessionária também terá de disponibilizar, nos trechos, ambulâncias de resgate, UTIs móveis, guinchos para veículos leves, guinchos para caminhões e caminhões-pipa, em quantidade especificada em cada edital.

Após a implantação do pedágio, a concessionária tem até o 5.º ano para concluir a segunda etapa das obras, chamadas de ?recuperação?. Nesta etapa, é dever da empresa o reforço estrutural do pavimento existente, reconstrução de segmentos deteriorados e construção de trevos para saídas da rodovia e a devida sinalização.

Mas as grandes obras aguardadas para as rodovias estão no pacote previsto pela ANTT como ?melhoramentos?. Nessa etapa estão previstas, por exemplo, a execução do Contorno Norte de Curitiba e construção de 50 passarelas até o 3.º ano, além da duplicação no trecho da Serra do Cafezal, com 30,5 km, até o final do 4.º ano, na Régis Bittencourt (BR-116). Para a BR-376/101, há a previsão de obras como a construção de vias laterais em Balneário Camboriú-SC, implantação de 39 passarelas e de 30 trevos.

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