De repente, uma enxurrada de perguntas, dificuldades e responsabilidades. Cada vez mais as mães de primeira viagem precisam lidar com as dúvidas e o planejamento de como vão criar o filho ao mesmo tempo que precisam trabalhar, ajeitar a casa e também se cuidar. Elas são supermães. Mesmo com ajuda, a sensação de que não vão dar conta de tudo não supera a satisfação de simplesmente ser mãe.
A arquiteta Bianca Hiratsuka, 28 anos, teve Tiago há apenas três semanas. Tudo é muito novo ainda. Ela está curtindo demais o filho, mas ao mesmo tempo sofre em tentar achar uma solução para quando tiver que voltar a trabalhar. “A principal dúvida durante a gravidez e que continua sendo agora é como conciliar filho e trabalho. Moro em Curitiba e trabalho em São José dos Pinhais. Já estava sofrendo com isso e agora sofro mais ainda”, conta.
Bianca diz que vai tentar evitar colocar Tiago muito cedo na creche. Para isto, vai precisar da ajuda da mãe e da sogra, que já estão auxiliando bastante desde o nascimento do bebê. “Só pensamos em engravidar porque sabia que teríamos apoio. Conto com uma grande ajuda da minha mãe, da minha sogra e do marido, que tirou férias nesta época. Não é apenas apoio psicológico. Mas de por a mão na massa mesmo”, afirma.
O perfil de Bianca é o que mais tem se destacado entre as gestantes de Curitiba. A mulher cada vez mais se prepara melhor, fica grávida mais tarde e tem maior grau de escolaridade. Este contexto explica a prioridade em conquistar primeiro a parte material ou alcançar um padrão de vida considerado bom antes de pensar em ter filhos. “Nós ficamos muito focadas no trabalho, em realizar, em ter. Quando se tem um filho, você percebe que isso tudo é tão pequeno”, declara Bianca.
Mesmo sendo mãe há tão pouco tempo, Bianca já entende qual é a diferença em se comemorar o Dia das Mães nesta “nova função” em relação ao tempo em que era apenas uma filha. Chorar pode ser uma das primeiras coisas que ela vai fazer quando acordar neste domingo, como ela mesmo cogita. Lágrimas de alegria em um dia que ficará marcado para o resto da vida. “Quando você é o filho, não entende qual é a emoção da mãe no Dia das Mães. Hoje, eu entendo e não tenho nem como explicar”, revela Bianca.