A licença-maternidade de 6 meses é motivo de satisfação para as novas mamães trabalhadoras. O tempo maior de convivência entre mães e bebês é recomendado pelos médicos e aprovado pelas mães.

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“Quem ganha com essa mudança são os nossos bebês, porque nada substitui os cuidados da mãe nos primeiros meses de vida das crianças”, afirma Jocieli Iano, professora da Escola Municipal Júlia Wanderley e mãe do bebê Rafael Kauê, de quatro meses.

Para as servidoras da prefeitura de Curitiba, a licença foi ampliada de 120 para 180 dias em dezembro de 2007, e desde então já beneficiou 1.199 trabalhadoras.

A professora da rede municipal tem certeza que o tempo maior com Rafael vai trazer mais saúde e bem-estar para o filho. “A mulher também se sente mais segura e feliz. A licença é mais do que benefício trabalhista, é uma medida que valoriza a vida, a saúde e a alegria da família”, afirma.

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Cuidados

O fortalecimento do vínculo afetivo entre as mães e os bebês é o fundamento da licença maternidade, e traz reflexos positivos para a saúde física e emocional dos dois.

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É o que afirma o criador do programa Mãe Curitibana, vice- prefeito e secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci. Médico pediatra com quase três décadas de experiência na área, Ducci garante: “O período maior que a mãe terá para se dedicar à criança, aos cuidados físicos, ao acompanhamento do calendário de vacinas e às consultas médicas, reforçam o vínculo afetivo que vinha se estabelecendo ao longo da gestação, deixa a mãe e o bebê mais seguros e felizes.”

O tempo maior de amamentação também é considerado um dos grandes benefícios da licença ampliada. Para Ducci, amamentar o filho até os seis meses pode fazer toda a diferença na saúde da criança, pelo resto da vida. É recomendável que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leito materno pelo menos até os seis meses de vida.

Lei na iniciativa privada

Com a licença-maternidade de quatro meses, as servidoras eram forçadas a oferecer mamadeira e outros alimentos aos filhos, ainda dentro do período ideal para amamentação exclusiva, para que pudessem retornar ao trabalho.

A ampliação da licença foi incorporada ao Estatuto dos Servidores e à Lei Orgânica do Município em 13 de dezembro de 2007, depois de aprovada pela Câmara de Curitiba. A licença de 180 dias também foi adotada pelo governo federal, alguns estaduais e prefeituras.

Para as trabalhadoras da iniciativa privada, a ampliação poderá ser concedida a partir de 2010. A adesão das empresas ao novo benefício é opcional. O pagamento dos salários no período de licença continuará a cargo da Previdência Social nos primeiros quatro meses, e nos 60 dias restantes será pago pela própria empresa. Essa despesa, entretanto, não terá custo para o empregador, que poderá abater os valores do Imposto de Renda.