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Rosângela luta com todas
as forças para salvar o filho
Kevin, de dez meses.

As dificuldades de sobrevivência de Kevin Michalski, aos dez meses de idade, não se restringem à doença respiratória crônica que o força a respirar com a ajuda de um aparelho filtrador de ar. A mãe, Rosângela Michalski, está preocupada com a possibilidade de que a Copel corte a energia elétrica de seu apartamento até o dia primeiro de março, uma medida que significaria a morte para Kevin. Ele precisa usar o aparelho 24 horas por dia, que funciona à base de eletricidade. Rosângela, sem condições de trabalhar e vivendo na casa do pai, não tem dinheiro para pagar os dois meses de luz atrasados.

Os R$ 500 da aposentadoria do pai são a única fonte de renda da família, dinheiro suficiente para pagar somente a ampla variedade de remédios que Kevin precisa tomar mensalmente para continuar vivendo. Porém, desde que ele precisou começar a usar a máquina, há dois meses, Rosângela Michalski viu a conta de energia elétrica subir dos usuais R$ 30 para R$ 119 em janeiro e R$ 169 em fevereiro. "Isso é o que tem tornado o pagamento inviável, porque ele pode precisar usar a máquina até os dois anos de idade", afirma ela.

Aos dois meses, Kevin contraiu uma bronquiotite obliterante, ficou três meses na UTI e, desde então, vive desnutrido e ofegante por causa do esforço ininterrupto que faz, contraindo e expandindo o tórax e o abdômen, para conseguir levar mais oxigênio para os pulmões.

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Na medição mensal realizada pelo fisioterapeuta respiratório André Luís Dias, o índice de absorção de oxigênio no sangue de Kevin estava em 72%, muito abaixo de 90%, que é considerado o normal. "Nas condições em que ele se encontra, se estivesse com o índice de 80%, nós poderíamos ficar contente", afirma o fisioterapeuta.

Solução?

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Segundo Rosângela, após o caso ser apresentado no programa Tribuna na TV, da TV Iguaçu, um empresário ligou e disse que iria ajudar a pagar as contas atrasadas. Para ela, a contribuição vai diminuir as dificuldades momentâneas, mas não vai resolver o problema. "Como vou pagar as contas no outro mês", pergunta ela.

Algumas vizinhas têm procurado ajudar como podem. Eliane Dufour está arrecadando prendas para tentar realizar um bingo na paróquia. Ela diz que para o padre ceder o salão paroquial, ela precisa ter um mínimo de prendas. "Quero ver se conseguimos fazer o Bingo do Kevin."