Foram apreendidos ontem em Paranaguá 40 metros cúbicos de madeira tauari. A carga, que veio de Machadinho do Oeste, em Rondônia, e seguiria para Xangai, na China, não tinha autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o transporte. A empresa proprietária da madeira foi notificada e multada em R$ 20.350,00.
A apreensão foi feita durante a manhã pelo Ibama em conjunto com a Polícia Federal e a Receita Federal. O chefe substituto do setor de fiscalização do Ibama no Paraná, João Antônio de Oliveira, comenta que o órgão vinha investigando há algum tempo a exportação irregular de madeira. ?Até agora só descobríamos que a documentação era falsa depois que a carga tinha ido embora. Mas ontem conseguimos apreender a documentação e a carga?, conta.
Oliveira explica que o crime foi descoberto depois que o Ibama verificou que a Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF) de algumas cargas de madeira era falsa. Para fazer o transporte, as empresas precisam da autorização concedida pelo próprio Ibama. A ATPF acompanha a carga durante todo o trajeto e depois retorna para o órgão que a emitiu. Foi nesse processo que o crime foi descoberto.
Segundo Oliveira, outras empresas estão sendo investigadas. O Ibama suspeita de um derrame de autorizações falsas e muitas delas estão sendo analisadas por peritos da Polícia Federal. Segundo Oliveira, a madeira apreendida possui um bom valor comercial, mas não se compara ao mogno. A empresa que teve a carga apreendida, Santa Clara Engenharia, Indústria e Comércio Ltda., fica em Rondônia e terá que pagar multa pelo crime.
