Luta contra pólio tem data marcada

Todas as crianças menores de cinco anos devem tomar as gotinhas da vacina antipólio no próximo sábado, primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta da campanha em Curitiba é vacinar 136.069 crianças. A abertura da campanha será na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, às 10h30. A vacina estará disponível das 8h às 17h em 265 postos de vacinação.

Três mil pessoas vão trabalhar na vacinação. A Secretaria Municipal da Saúde disponibilizará 250 mil doses da vacina. A segunda etapa da campanha será em agosto. Em junho de 2003, foram vacinadas em Curitiba 133.944 crianças menores de cinco anos; em agosto, 133.016. A cobertura vacinal foi respectivamente de 99.1% e 98.4%, somando as residentes no município e as que vieram da Região Metropolitana.

As crianças poderão ser vacinadas nas unidades de saúde, escolas, creches, supermercados, shoppings, terminais de ônibus e na Boca Maldita. Os pais devem levar a carteira de vacinação dos filhos para que, se for necessário, a criança possa completar seu esquema de vacinação. As vacinas de rotina e contra a Hepatite B só estarão disponíveis nas unidades municipais de saúde.

O Brasil não registra casos da doença há 15 anos. No Paraná, o último caso ocorreu em 1986; em Curitiba, em 1985. As campanhas nacionais continuam para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite e permitir que o país consiga em 2005 o Certificado Mundial da Erradicação do Poliovírus. A ameaça de reintrodução do vírus existe porque a pólio ainda está presente em vários países.

A pólio ainda ocorre na Índia, Nigéria, Paquistão, Egito, Afeganistão e Niger. “Por isso a importância das campanhas nacionais e de vacinação de rotina, com altas coberturas vacinais”, diz a diretora do Centro de Epidemiologia, médica Karin Luhm. Ela explica que a pólio estará erradicada quando o poliovírus não encontrar mais seu hospedeiro humano, o que ocorre com a vacinação.

“As campanhas nacionais são importantes porque vacinam em massa uma parcela definida da população, as crianças menores de cinco anos, num espaço limitado de tempo, permitindo uma maior cobertura vacinal”, acrescenta a médica. Segundo Karin, a vacinação em massa também provoca a dispersão de vírus vivos no ambiente, através dos vacinados, oferecendo uma proteção ainda maior à comunidade.

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