As lotéricas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem interromper as atividades em protesto ao tratamento dado pela Caixa Econômica Federal (CEF) à categoria. O presidente do Sindicato dos Empresários Lotéricos (Sinlopar), Aldemar Benvindo Mascarenhas, argumenta que já não existe mais uma relação de equilíbrio entre as partes.

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“As lotéricas são os únicos estabelecimentos a pagar à população os programas sociais do governo, no entanto, estamos pagando para trabalhar”, ressalta. Uma das principais queixas da categoria é justamente a falta de reajuste no valor repassado pela prestação de serviços. Enquanto em 2001, a autenticação de uma conta significava ganho de R$ 0,22 às lotéricas, em 2014 não passa de R$ 0,37, ou seja, reajuste de 68%. A alegação dos empresários é de que correção do repasse não segue a variação dos salários pagos aos funcionários, que tiveram alta de 300% entre 2001 e 2014.

Jogos

Somente as lotéricas estão credenciadas a comercializar as loterias da CEF, como a Mega Sena, a Quina e a Time Mania, no entanto, segundo Mascarenhas, alguns jogos estão com os valores de repasse congelados há mais de dez anos, o que inviabiliza a comercialização do produto.

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Para tentar resolver o impasse, no próximo dia 22 de março, deve acontecer em Florianópolis um encontro entre os empresários do Sul do Brasil para decidir pela paralisação ou não de alguns serviços.

Outro lado

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Apesar das queixas dos empresários, a CEF afirmou, por meio de sua assessoria, que está em “permanente diálogo com os sindicatos para verificar as demandas originárias do relacionamento com as unidades lotéricas” para “manter o negócio sustentável”. A CEF ainda não tem um posicionamento sobre alternativas em caso de greve.