Pelo menos três hospitais de Curitiba e região estão com falta de vagas de UTI neonatal. Uma família que buscou atendimento ontem no Hospital de Clínicas (HC) recebeu a notícia que não havia espaço no local e foi informada que os hospitais Evangélico, na capital, e Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, também não tinham disponibilidade. Já o Hospital Pequeno Príncipe tem leitos disponíveis, mas não tem maternidade.

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Taynara Santa Rosa Heckmann está grávida de gêmeos. Ela procurou atendimento no HC e foi informada que não havia vaga na UTI neonatal de alto risco. Os funcionários disseram que ela não poderia ser transferida para o Evangélico ou o Nossa Senhora do Rocio porque também não tinham leitos. Em nota encaminhada à Tribuna, o HC confirmou que as 25 vagas da UTI neonatal estavam ocupadas e quando isso ocorre, comunica os órgãos responsáveis pela gestão de leitos – secretarias municipal e estadual da Saúde – para que novos pacientes sejam direcionados a outros serviços.

Desconfiança

Ontem a família de Taynara permaneceu em frente ao HC à espera de atendimento. À tarde, o hospital informou que a paciente estava em observação e caso precisasse dar à luz, receberia o tratamento adequado. Márcio Heckmann, marido de Taynara, afirmou que a esposa estava sendo medicada para não sentir dor e inibir as contrações. De acordo com o HC, a paciente foi atendida no pronto atendimento obstétrico na quarta-feira à tarde, ficou em observação e depois transferida ao centro obstétrico. O hospital destaca que o tempo gestacional de 36 semanas não é ideal para o nascimento.

Márcio desconfia. “Temos que aguardar, mas não sei se é verdade. Talvez estejam falando isso porque não tem vaga na UTI”. Ele disse ainda que foi comunicado que se a esposa tivesse boa reação à retirada dos medicamentos, poderia receber alta, mas segue a indefinição com relação à vaga caso chegue a hora do nascimento dos filhos.

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