Enquanto nos terminais do Guadalupe e Alto Maracanã os comerciantes lamentavam o dia de venda zero ou próxima disso, na outra ponta, quem decidiu fazer uma renda extra com o próprio automóvel celebrava. Experiente em greve, o motorista Aleixo Cavilla Júnior já tinha transportado mais de 50 pessoas antes das 10h. “O principal trajeto é do Alto Maracanã ao Centro de Curitiba, mas negociando, levo até a porta de casa”.
A Urbs fixou preço máximo de R$ 6 por passageiro para transporte em veículos cadastrados. Com um automóvel modelo Zafira, Aleixo baixou para R$ 5 a viagem até o Centro. “Fica mais competitivo e consigo levar até sete pessoas. Vi táxi cobrando antecipadamente R$ 50 para o mesmo trajeto”, comparou.
Até motoristas e cobradores de ônibus estavam na fila de cadastramento. O gestor da área de tecnologia de transporte da Urbs, Elcio Luiz Karam, esclareceu que pelas regras da Urbs, não havia irregularidade. “Tem que estar em dia com a inspeção veicular, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e os documentos do carros. Não podemos impedir que grevistas participem”, explicou.