A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria de Saúde, divulgou nesta segunda-feira (3) os números do quarto Levantamento do Índice Rápido do Aedes (Lira) realizado neste ano em Londrina. A pesquisa foi executada entre os dias 27 e 31 de outubro em 8.300 imóveis da cidade –  cerca de 5% do total. Este quarto Lira feito no município registrou um índice de 0,3% da presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela, índice abaixo de 1%, o parâmetro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para se evitar epidemia da doença.
 
O local com maior incidência do mosquito foram os vasos de plantas, com 48% do total dos focos encontrados, seguidos pelos depósitos que ficam ao nível do chão, como recipientes de alimentação de animais, barris e tonéis, com 26%. Em 3º estão os materiais inutilizados de fundo de quintal, como garrafas plásticas e lixos domésticos, com 12%, seguidos dos pneus, com 8%. Por fim, em quinto lugar, ficaram, com 6%, os tanques, piscinas e calhas não tratadas.
 
O Lira mostra ainda que, dos 18 extratos presentes em Londrina, o extrato nº 9, que compreende os jardins Parati, Chefe Newton, Maria Celina, dos Estados e Parigot de Souza I, além do parque São Jorge, foi o que apresentou o maior índice de infestação do Aedes, de 1,8%. Em segundo lugar em relação á presença do mosquito, vem o extrato nº 18, com 1,1%, onde estão as vilas Recreio, Portuguesa e Marísia e os jardins Castelo, Casoni e Pindorama. “Destes dois extratos, preocupa a situação do parque São Jorge e da vila Marísia, bairros que tiveram maior índice da infestação do mosquito”, alertou a diretora de Epidemiologia e Informações em Saúde, Sônia Fernandes.

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De acordo com ela, 99% dos focos encontrados no levantamento estão nas casas e imóveis comerciais. Por isso, segundo ela, a secretaria vai promover ações diferenciadas para o combate ao mosquito nesses locais. “Precisamos promover ações educativas com uma nova abordagem. Não adianta mais fazer os mutirões, já que os focos estão se ampliando dentro das casas”, observou Sônia.
 
No entanto, conforme ela, cada vez mais o índice vem diminuindo. No primeiro Lira do ano, realizado em janeiro, o índice registrado foi de 1,3%, no segundo, feito em abril, de 0,9% e, no terceiro, efetuado em julho, o Lira apresentou 0,3% de presença do Aedes. “O índice é bom para a época em que estamos. Isso demonstra também que os trabalhos realizados pela prefeitura desde o início do ano vêm surtindo efeito”, comentou Sônia. Entretanto, conforme a diretora, os cuidados para com o combate à doença devem ser feitos sempre, ainda mais agora, época propícia para a proliferação do Aedes. “Estamos entrando no verão e isso é preocupante. Com o tempo quente e a maior incidência das chuvas, a população deve ter um cuidado ainda maior”, alertou.
 
Sônia Fernandes informou também que nesta quinta-feira (dia 6), a partir das 8h, haverá uma reunião, na Vila da Saúde, para a apresentação dos resultados do Lira ao Comitê Municipal de Prevenção à Dengue. “Vamos divulgar os números e começar a preparar novas ações educativas para com a população. Por enquanto, não pretendemos fazer nenhum mutirão e sim eventos de conscientização”, completou.
 
Dengue em Londrina
 
A Secretaria de Saúde de Londrina divulgou também os números da dengue na cidade este ano. Até agora, em Londrina, foram registrados, desde o início do ano, 111 casos positivos de dengue. Destes, 96 são autóctones, ou seja, contraídos na própria cidade, e 15 são importados. Das 3.147 notificações recebidas pela Secretaria de Saúde, 2.882 foram descartadas e outras 154 estão em investigação.

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