A Secretaria da Saúde de Londrina iniciou hoje (dia 25) a programação da 1.ª Semana Municipal de Luta Contra a Aids, que acontece até o dia 1.º de dezembro. O evento, que conta com apoio do Conselho Municipal de Aids, 17.ª Regional de Saúde e organizações não-governamentais que trabalham com doenças sexualmente transmissíveis e Aids (DST/Aids), tem como tema principal “Chega de Preconceito e Discriminação”.
Durante a semana serão realizadas atividades em todas as regiões da cidade. Para o secretário de Saúde Silvio Fernandes a semana é importante porque vai levar informações sobre Aids para a comunidade. “É importante que as pessoas tenham informações sobre as DSTs e Aids, para que possam se prevenir contra essas doenças”.
Dados do Departamento de Informações em Saúde (DIS) da secretaria mostram que desde 1984, início da epidemia de Aids, foram notificados em Londrina 1.050 casos da doença. Só este ano foram feitas pelo Centro de Doenças Infecciosas (Cidi) 90 notificações de casos de Aids. Deste total 19 pessoas foram a óbito (21%).
Dos 90 casos registrados este ano, 50 referem-se a homens e 40 são mulheres, sendo que nos tipos de exposição à doença estão em primeiro lugar os heterossexuais ? mulheres com 31 casos e homens com 27 casos.
Os usuários de drogas injetáveis estão em segundo lugar, com 11 casos; em terceiro lugar estão os homossexuais masculinos, com nove casos registrados; e em último lugar estão os bissexuais, com um caso registrado da doença. A faixa etária para a maioria dos casos é de 30 a 34 anos.
O secretário de Saúde chamou a atenção para o aumento do número de casos de Aids entre mulheres. “Estes dados são preocupantes porque mostram que as mulheres estão mais expostas à doença. Ele lembrou ainda que em Londrina, todos os doentes de Aids notificados recebem assistência médica. “O custo de cada doente é, em média, R$1.350, dependendo da profilaxia.”
