A desativação de uma lombada eletrônica localizada na Rua Eduardo Carlos Pereira (mais conhecida como via rápida do Portão), quase na esquina com a Rua Pará, em Curitiba, vem gerando transtornos às pessoas que vivem nas proximidades do local.
O redutor de velocidade foi retirado há aproximadamente um ano e, desde então, vários acidentes têm sido observados na região. "Na última segunda-feira, um rapaz que aparentava ter uns 22 ou 23 anos foi atropelado e morreu ao tentar atravessar a rápida, em lugar próximo onde estava a lombada", conta o analista de sistemas José Eduardo Poloni Pizzato, que mora perto da via.
Segundo José, sabendo que a lombada não está mais em funcionamento, a grande maioria dos motoristas não se preocupa em controlar a velocidade dos veículos. Dessa forma, é difícil tanto para outros motoristas quanto para pedestres conseguirem cruzar a Eduardo Carlos Pereira. "Está horrível de atravessar a rápida. Passo constantemente pelo local e chego a ficar vinte minutos esperando o fluxo de veículos diminuir. Algumas pessoas chegam a atravessar correndo, arriscando a própria vida", diz a telefonista Rita de Cássia Ramos.
De acordo com ela, outro problema são os rachas de automóveis que passaram a ser verificados no período da noite na via. "Várias pessoas já disseram ter presenciado os rachas. Há dois meses, um rapaz que estava correndo com seu carro bateu em um veículo de uma senhora que transportava uma criança. Foi bastante chocante e os moradores da região ficaram muito assustados".
O temor é tanto que no prédio onde a dona-de-casa Marli Farly é síndica, localizado na Rua Engenheiro Niepce da Silva, que é paralela à Rua Pará, os moradores chegaram a organizar um abaixo-assinado pedindo que a Prefeitura reativasse a lombada eletrônica. "Todos os moradores assinaram. Entregamos o documento à administração municipal no último mês de maio, mas até agora não tivemos qualquer resposta", revela.
Prefeitura
A Prefeitura de Curitiba, através de sua assessoria de imprensa, informa que a lombada foi retirada pela Diretran (Diretoria de Trânsito) após ter sido destruída por vândalos. O aparelho foi incendiado e teve partes metálicas roubadas. Em substituição à mesma, deve ser instalado, em um período de trinta dias, na esquina da rápida com a Rua Augusto de Mari (alguns metros acima de onde estava o antigo equipamento), um semáforo.
O sinaleiro deve beneficiar também os motoristas que circulam pela Avenida Presidente Kennedy, uma quadra abaixo do cruzamento. Isso porque, desde o ano passado, com a proibição da conversão à esquerda no cruzamento da Kennedy com a Eduardo Carlos Pereira, a Rua Augusto de Mari virou caminho obrigatório para motoristas que costumavam fazer esta conversão.