Preocupante. Essa foi a primeira conclusão da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Paraná (Procon-PR), que realizou uma pesquisa com aproximadamente mil das três mil pessoas atendidas durante todo o mês de outubro pelo órgão. O trabalho teve por objetivo traçar um perfil de quem é o consumidor. Mas de posse dos dados, o que mais chamou a atenção foi o fornecedor, que ainda resiste em cumprir o Código de Defesa do Consumidor.
Pela pesquisa, em 88% dos casos que chegaram ao Procon-PR, o consumidor afirma ter voltado ao estabelecimento antes de acionar a o órgão. “É muito preocupante verificar essa situação passados 22 anos do Código”, lamenta a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano. Ela explica que as informações levantadas vão servir de base para o direcionamento das ações realizadas pela instituição.
A pesquisa mostrou que 58% dos atendidos são mulheres e que 72% residem em Curitiba e 26% na região metropolitana, o que reforça a necessidade de municipalização do órgão para desafogar a coordenadoria estadual. A renda mensal de 38% dos consumidores atendidos varia de três a cinco salários mínimos, e 29% ganham de um a dois salários mínimos. Em relação à escolaridade, 29% dos consumidores entrevistados têm ensino médio completo e 17% possuem curso superior. São os trabalhadores nos setores de serviços (19%) e do comércio (18%) que mais procuram o Procon-PR.