As produções agrícolas de Curitiba, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Lapa e Rio Negro estão sendo beneficiadas com uma técnica diferente de fertilização, o chamado biossólido lodo de esgoto produzido pela Estação de Tratamento de Esgoto da Sanepar. Desde a implantação do programa de reciclagem, já foram disponibilizadas mais 25,6 mil toneladas de biossólido para pequenos e médios agricultores no Estado. Até o final deste ano, o programa também será estendido a União da Vitória, e a expectativa é ampliar a distribuição para todo o Paraná.
Na avaliação da Sanepar, a utilização do lodo de esgoto tem apresentado grandes vantagens na produção agrícola. O agricultor Nivaldo Piazza, de Foz do Iguaçu, testou e aprovou a utilização do fertilizante orgânico. “Onde ele já foi aplicado, deu para perceber a diferença. Antes, a terra apresentava manchas de acidez e depois que foi usado esse fertilizante notei que a qualidade do solo melhorou muito. Para a cultura de trigo isso é muito importante”, comentou. Além da aplicação em cultura de trigo, a Sanepar oferece o fertilizante para culturas de milho, feijão, soja e até para árvores frutíferas.
O programa oferece acompanhamento de engenheiros agrônomos que determinam a quantidade de biossólido que será aplicado em cada área agrícola. “A quantidade do produto depende da condição do solo em que ele será aplicado. Por isso, sempre fazemos um receituário agronômico para cada caso”, explica o engenheiro agrônomo da Emater de Foz do Iguaçu João de Ribeiro Reis Júnior.
Meio ambiente
A reciclagem do lodo de esgoto para agricultura apresenta vantagens tanto para os agricultores quanto para o meio ambiente. Com a destinação do biossólido para a agricultura, evita-se assim que esse material seja levado para aterros sanitários. Por ser um produto natural, há grande benefício para a terra, que dispensa agentes químicos, muitas vezes nocivos à saúde do consumidor e também do produtor, que economiza na compra de adubos químicos.
