No Paraná

Lixo responde por 53% dos potenciais criadouros de dengue

A falta de gestão de resíduos sólidos nos municípios é apontada pela Secretaria de Estado da Saúde como a principal causa para a existência de criadouros do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue) no Paraná.

Em 2011, dos 12 milhões de depósitos encontrados durante vistorias e que poderiam acumular água e se tornar criadouros do mosquito, 53% foram considerados lixo, como copos descartáveis, garrafas pet, latas, sucatas e outros pequenos objetos.

De acordo com levantamento da Sala de Situação da Dengue, outros tipos de depósitos comumente encontrados nas visitas dos agentes de endemias são: vasos de plantas, tanques, hortas, calhas, lajes e objetos de obra e pneus que, juntos, correspondem a 37% do total.

Além da eliminação manual dos possíveis criadouros, o agente de endemias também realiza um trabalho educativo junto à população para que as residências fiquem livres de focos do mosquito.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, a implantação do plano municipal de gerenciamento de resíduos sólidos e a criação de programas de coleta seletiva do lixo são uma solução viável para diminuir o número de focos do Aedes aegypti.

“Para isso, é necessário que haja o envolvimento de todos, desde o gestor, com o planejamento, execução e incentivo a essa prática, até a população, com a separação do lixo reciclável nas residências”, afirmou.

No feriado do Carnaval, as pessoas que pretendem viajar não podem esquecer de proteger os locais que acumulam água. “Vedar adequadamente a caixa d’água, limpar as calhas e proteger ralos de banheiro e de pias são medidas que podem evitar problemas maiores após o retorno para casa”, orienta a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Jaqueline Finau.

Casos

O 36º informe técnico aponta 337 casos confirmados da doença no Paraná, entre agosto/2011 e julho/2012. Destes, 276 são autóctones (em que a contaminação ocorreu no Estado) e 61 importados.

Até esta terça-feira (14) foram registradas apenas duas ocorrências graves, que já evoluíram para cura – um caso de dengue com complicação e um caso de febre hemorrágica por dengue.