Foto: Fabio Alexandre

Quem passa pela rua não consegue ver a grande quantidade de entulhos.

continua após a publicidade

Um terreno abarrotado de contêineres, entulhos e materiais utilizados para construção está tirando o sono de moradores de um prédio na Rua Coronel Dulcídio, no bairro Batel, em Curitiba. Eles reclamam que o local virou um criadouro para o mosquito da dengue. Além disso, os apartamentos estão sendo invadidos por baratas, aranhas e ratos.

Quem passa pela rua não tem idéia da quantidade de entulhos empilhados no terreno. A bagunça fica protegida por muros altos, sendo possível ser vista apenas por moradores dos prédios vizinhos. Segundo Celeste Rocha da Fonseca, o problema começou há um ano com a construção de um prédio no terreno que fica nos fundos do seu condomínio. O dono comprou também o terreno ao lado e passou a guardar os restos de construção, como madeiras e os andaimes de ferro, além de 12 contêineres. O local vem oferecendo riscos aos moradores, já que muitos dos objetos encontrados no local acumulam a água da chuva.

Além disso, os materiais empilhados facilitam a proliferação de insetos. ?A gente se assusta com o tamanho das baratas que aparecem?, falou Celeste, que comenta ainda que ratos chegaram a se reproduzir em sua casa. Ela teve até que mudar os alimentos de lugar para que não fossem contaminados. ?Há risco de leptospirose?, falou Adriane Samways, que mora no quarto andar do prédio e também não esconde a aflição. Ela tem um bebê de cinco meses e chegou a encontrar uma aranha marrom em seu berço. Toda a vez que vai colocar o bebê para dormir, precisa fazer uma vistoria completa. ?Fico preocupada que ele seja picado?, afirmou.

Celeste resolveu pedir ajuda para a Prefeitura pelo telefone 156. Segundo a coordenadora do programa municipal de combate à dengue, Márcia Saad, técnicos estiveram no local em janeiro e confirmaram o problema. Foi pedido que o proprietário fizesse a limpeza do terreno. Os técnicos voltaram no dia 22 deste mês e verificaram que o problema persistia. O proprietário foi então intimado a cumprir a ordem num prazo de 30 dias. O problema foi encaminhado para a Secretaria Municipal de Urbanismo, que também deve intimar o dono da área.

continua após a publicidade