Livro dá dicas de proteção contra os seqüestradores

Se engana quem pensa que apenas artistas, esportistas famosos, personalidades políticas ou pessoas de poder aquisitivo muito alto podem ser vítimas de seqüestros. Pessoas comuns, de perfis bastante variados, também podem estar na mira de bandidos. Pelo menos é o que afirma o agente de segurança do Poder Judiciário Federal, Jocemar Pereira da Silva,que acaba de lançar o livro Segurança Pessoal Anti-Seqüestro, pela editora Torre de Papel. São 130 páginas, onde ele defende que todos podem se proteger, sem gastar dinheiro com a contratação de seguranças particulares.

Segundo o autor, só no ano passado foram registrados na capital paranaense 26 casos de seqüestros-relâmpagos – no qual o seqüestrador pega a pessoa e fica com ela por algumas horas – e 68 casos de seqüestro com cárcere privado. “Existem quadrilhas organizadas, especializadas em seqüestros e que pedem altas quantias de dinheiro. Outros seqüestradores são mais amadores e cometem o crime para manter o vício das drogas. Esses se arriscam até por R$ 500 ou R$ 1 mil e são os que geralmente têm como alvo pessoas de média projeção econômica”, explica.

Perfil da vítima

No livro, Jocemar aponta o perfil da vítima de seqüestro e mostra as falhas que ela comete no seu dia a dia. Geralmente, a pessoa não pensa que pode ser uma vítima e, por isso, deixa de adotar medidas de proteção. A ostentação de riqueza é uma das principais falhas cometidas. “A ostentação se dá tanto através de um carro mais caro quanto de jóias e de uma residência. Até a maneira de se vestir pode chamar a atenção de seqüestradores”, explica.

Porém, o principal erro é manter uma rotina fixa. Em vários casos de seqüestro, foi verificado que a vítima ia aos mesmos locais, sempre nos mesmos horários e dias da semana. “Não é difícil mudar a rotina. Se não for possível mudar o horário de entrada e saída no serviço, as pessoas devem se acostumar a fazer trajetos diferentes de casa até o local de trabalho. No lazer podem, por exemplo, variar o horário de aulas de ginástica”, aconselha.

Se manter atento também é fundamental. De acordo com Jocemar, muitas vezes as pessoas estão preocupadas com a reunião que vão enfrentar ou com o negócio que vão ter que fechar e acabam não percebendo o que está ao redor. Se distraem e não notam que estão sendo seguidas ou observadas. Só percebem quando são rendidas e, geralmente, já é tarde demais para que alguma coisa possa ser feita. “A pessoa deve estar sempre atenta. Se perceber alguma coisa estranha, precisa comunicar o fato a alguém e mudar o trajeto imediatamente”, explica.

Em grande parte dos crimes, a vítima conhece seu agressor. Ele pode ser uma pessoa de dentro de casa, como um jardineiro, uma empregada doméstica ou mesmo um agente de segurança mal treinado e insatisfeito com o trabalho.

Ameaças

Em casos de ameaças por telefone, a vítima deve comprar um identificador de chamadas e tentar reconhecer o agressor. “Uma ameaça nunca deve ser ignorada. Muitas vezes, se comete o erro de achar que a ameaça foi um trote ou que seu autor não tem coragem suficiente para fazer o que prometeu”, afirma Jocemar. A vítima deve tentar saber o motivo do ataque e não ter medo de comunicar à polícia.

O livro Segurança Pessoal Anti-Seqüestro não está disponível em livrarias. Contatos devem ser feitos com a distribuidora pelo telefone (41) 352-6444.

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