O meio ambiente é um dos itens que tem recebido mais atenção na Linha Verde. A prefeitura de Curitiba garante que, desde o projeto até a operação e execução da obra, a questão ambiental tem sido determinante, até para justificar o nome da via.

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Entre as ações, estão o plantio de grama, arbustos, flores e árvores de espécies nativas, a criação de um parque linear e a reforma do Horto Municipal do Guabirotuba. O resultado da primeira fase das obras será entregue amanhã pela manhã.

O parque linear que acompanha grande parte da extensão da Linha Verde terá 21 mil metros quadrados, e está sendo formado com o plantio de cerca de 5 mil mudas de árvores de espécies nativas, além de 800 mil mudas de flores e 315 mil metros quadrados de grama.

De acordo com a chefe da equipe ambiental da Unidade Técnico-Administrativa de Gerenciamento (Utag) da obra, a engenheira ambiental Cristina Nagata Carazzai, as mudas de árvores já foram todas plantadas no trecho entre o bairro Pinheirinho e o cruzamento com o binário Santa Bernadethe, na região do Fanny.

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Até fevereiro, todo o trecho da primeira fase da Linha Verde deverá estar com as mudas plantadas. Cristina conta que a concentração de árvores irá variar, dependendo da localização.

Há pontos em que até os chamados maciços florestais – semelhantes a matas nativas – serão formados. Em outros, como áreas mais próximas às estações-tubo, as plantas serão mais baixas e em menor número. “A intenção é garantir mais visibilidade aos motoristas, já que serão trechos de maior movimento”, explica.

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Além do parque linear, a prefeitura também reformulou o Horto Municipal do Guabirotuba, na região próxima à Avenida Salgado Filho. A reforma garantiu, segundo Cristina, um aumento de 25% na produção de mudas. “A reforma foi uma medida compensatória devido às obras da Linha Verde”, diz.

Desde a década de 30, quando foi inaugurado, o horto não passou por intervenções. Uma pequena parte da área será aberta a visitação pública, com espaços para atividades de educação ambiental e encontros técnicos.

Negócios

A grande demanda por plantas na Linha Verde também alavancou negócios na capital. Um exemplo é do empresário Sérgio Pereira, proprietário da Campestre Paisagismo e Jardinagem.

Para dar conta da produção de mais de 600 mil mudas de flores nativas e arbustos, ele aumentou o número de funcionários de 15 para 35 e arrendou outras áreas para acomodar o plantio. Só para a produção de flores – que ele chama de “forração” -, o empresário usa uma área de cinco hectares, em Campo Largo.