Iluminação diferenciada, estações-tubo climatizadas, monitoramento de tráfego em tempo real e semáforos inteligentes são algumas das inovações que estão sendo implantadas na Linha Verde, em Curitiba. Boa parte delas já poderá ser encontrada no trecho referente à primeira fase das obras, que está praticamente concluído e será entregue na próxima sexta-feira.
Cerca de 40 mil metros de cabos e 26 mil metros de fio estão sendo usados no sistema de iluminação da Linha Verde. “Teremos luz amarela na avenida inteira e branca na região das estações. Assim haverá um contraste e o motorista saberá que está em uma área de concentração de pedestres, semáforos e cruzamentos de binários”, explica o arquiteto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Mauro Magnabosco, um dos participantes do projeto da Linha Verde.
O arquiteto diz que as lâmpadas utilizadas são de modelos mais modernos, que garantem a mesma luminosidade com menos gasto de energia. Os usuários da Linha Verde também notarão diferenças na distância entre os postes, intercalados de 20 em 20 metros, um de cada lado da avenida. Os próprios postes – um total de 352 no primeiro trecho entregue – são mais altos que o comum: têm 16 metros de altura.
As estações-tubo também estão com novidades. Começam pelo desenho diferenciado, com dois tubos geminados de 30 metros de comprimento e 2,5 metros de raio. Um dos tubos irá atender os usuários dos ônibus articulados da Linha Verde e o outro, os dos ônibus alimentadores.
“O passageiro desembarca por um lado e embarca em outro”, detalha o arquiteto. Outro elemento novo está nos vidros: uma película de cor bronze, que restringe a incidência de raios ultravioleta em até 70%.
O desenho das estações ainda permitiu a instalação de um inovador dispositivo de conforto térmico, chamado de sistema evaporativo: “Não é ar condicionado. O ar é captado do lado de fora e passa por uma câmara úmida. Sua temperatura baixa em até sete graus”, explica Magnabosco.
O sistema é alimentado por energia elétrica, mas consome, segundo a prefeitura, dez vezes menos energia que um aparelho de ar condicionado. “É supereconômico, alternativo e ambientalmente correto”, completa o arquiteto.
O sistema de monitoramento de tráfego e os semáforos são outros pontos que receberam inovações. Graças a uma infovia de 25 quilômetros, o tráfego poderá ser controlado eletronicamente e equilibrado, principalmente nos pontos em que vias atravessam a Linha Verde, a cada mil metros, aproximadamente.
