Depois de ser despejada e lacrada em cumprimento a uma decisão da Justiça em Maringá, noroeste do Estado, a Faculdade Alvorada Uniandrade conseguiu ontem uma liminar garantindo a volta das atividades e a retomada das instalações. O despejo aconteceu na noite de segunda-feira. O motivo é que a instituição não pagava o aluguel de um dos prédios onde opera desde fevereiro do ano passado. Os responsáveis pela instituição afirmam que as aulas voltam amanhã.
Os cerca de 850 alunos foram pegos de surpresa com o despejo enquanto retornavam do recesso de julho. Equipamentos e móveis foram retirados do prédio e o imóvel foi lacrado. De acordo com o advogado César Eduardo de Andrade, que representa a empresa CMP Empreendimentos Imobiliários, proprietária do imóvel, o aluguel atrasado (que à época custava R$ 26.780,00 mensais) levou o locatário a solicitar na Justiça a expulsão do inquilino.
O pedido foi aceito pela Justiça somente em fevereiro, sendo dado ao responsável pela faculdade, o diretor Carlos Britto, prazo de seis meses para deixar o imóvel.
Retomada
Ontem, a instituição recorreu da decisão alegando que, pela Lei do Inquilinato e como instituição de ensino devidamente registrada e autorizada pelos órgãos competentes, não poderia ser despejada da maneira como aconteceu. No final da tarde, a assessoria da faculdade informou que a 1.ª Vara Cível de Maringá concedeu à instituição uma liminar de reintegração de posse, autorizando a retomada do prédio, sob os autos número 744/2007. A reportagem de O Estado teve acesso ao documento, mas não conseguiu confirmar com a Justiça a procedência do mesmo.
A assessoria de imprensa da Uniandrade em Curitiba esclarece que, apesar de a Faculdade Alvorada levar o nome do grupo educacional, o vínculo entre as instituições acabou há dois anos, quando a sede em Maringá foi vendida para Carlos Britto. Apenas a permissão de utilizar o nome fantasia Uniandrade permanece.
