O Hospital Santa Rita, em Maringá, terá que realizar quatro cirurgias bariátricas – conhecida como ?cirurgia de redução de estômago? – por mês, de acordo com liminar do Ministério Público Federal em conjunto com o Ministério Público Estadual. A decisão atinge também o Hospital Universitário de Maringá, pois é o único que já credencia pacientes para esse tipo de cirurgia pelo Sistema Único de Saúde em toda a região. O objetivo é reduzir o tempo de espera na fila de pessoas diagnosticadas com obesidade mórbida.
Na ação, o MPF e o MP Estadual determinam que a União e o Estado do Paraná credenciem outros dois hospitais que têm interesse em realizar esse tipo de cirurgia. A liminar também obriga que sejam liberados os recursos necessários para a realização das 8 cirurgias mensais, que passarão a ser realizados em Maringá.
Segundo um levantamento da Promotoria da Saúde, somente em Maringá 344 pacientes aguardam para realizar o procedimento no Hospital Universitário.
A Justiça ainda determina que, que a União e o Estado realizem as cirurgias bariátricas em portadores de obesidade mórbida e que o tempo de espera para a realização da cirurgia não ultrapasse o prazo de seis meses, contados da data da solicitação do procedimento na Secretaria Municipal de Saúde ou nos Hospitais credenciados.
Cirurgia
A cirurgia bariátrica é a última alternativa de tratamento em pacientes com obesidade mórbida. Esta doença consiste no acúmulo excessivo de gordura que excede aos padrões estruturais e físicos do corpo humano. A obesidade torna-se "mórbida" quando atinge o ponto de aumentar significativamente o risco de doenças graves (também conhecidas como co-morbidades), que resultam em deficiência física significativa ou até a morte.
São doenças graves que, associadas à obesidade, podem produzir danos irreparáveis, com risco de morte para o paciente. Entre elas, estão: hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes tipo 2, câncer no intestino, próstata, mama, endométrio e ovários, depressão e outras, também de alta gravidade.
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