Mesmo com o advento do celular, muita gente ainda está preferindo usar o telefone público para realizar chamadas. Segundo o gerente de mercado de telefonia pública da BrasilTelecom, Antônio Stefanski, de janeiro a outubro deste ano aumentou em 5% o número de ligações feitas pelo aparelho público em relação ao mesmo período do ano passado. Uma das justificativas para isso pode ser o fato de que custam até 20 vezes menos.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) existem no Paraná hoje 3,219 milhões de aparelhos celulares, o que dá a média de 32,14% a cada grupo de 100 habitantes. Já o número de telefones públicos é bem menor, dá uma média de 0,98.
Mesmo assim o telefone público ainda continua sendo muito usado. A justificativa para isso é a economia. Uma conversa de dois minutos de um aparelho público para um fixo custa R$ 0,11. Se a mesma conversa fosse feita de um celular para fixo, o usuário teria que desembolsar, dependendo da operadora, até R$ 2,20. "No fim do mês a economia chega a ser considerável. É comum ver gente no orelhão mesmo tendo o celular pendurado", aponta Antônio.
Segundo o gerente de mercado, a BrasilTelecom está acima da meta estipulada pela Anatel em relação ao número de aparelhos públicos, que é de três por mil habitantes. No Paraná são 9,8%. Eles estão dispostos de modo que a população ande no máximo 300 metros para usá-los.
No Estado há 66,4 mil aparelhos, sendo 16 mil em Curitiba, 11 mil da Região Metropolitana e o restante no interior. Em todas as localidades com 600 habitantes ou mais também existem aparelhos. Mas a meta para 2005 é colocar à disposição centrais telefônicas nesses lugares, possibilitando a instalação de aparelhos particulares. Depois será a vez das localidades com 100 ou mais habitantes ganharam o telefone público.
Vandalismo
Mesmo o aparelho sendo muito mais vantajoso pela economia, muitos acabam sendo alvo do vandalismo. No Paraná, por mês, são realizados 4.749 reparos, dos quais 30% são provocados propositadamente. Cada reparo custa R$ 80, o que gera um prejuízo de R$ 340 mil ao mês.
Os componentes mais visados são o monofone, leitores de cartão e o teclado. A maioria dos telefones está localizada na área central da cidade. A BrasilTelecom possui um sistema que monitora qualquer problema e em um prazo de 8 horas realiza 96% dos reparos necessários. Mas a população pode ajudar, sempre que presenciar alguém destruindo um aparelho. Pode ligar para a Polícia Militar no 190 ou para a empresa no 0800-6411414.