Líder muçulmano no Estado prega a tolerância

Neste ano o fim do mês sagrado para os muçulmanos, o Ramadã, coincide com o ataque terrorista às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, dia 11 de setembro de 2001, exatamente nove anos atrás.

Ao invés de ser uma data lembrada pelo terror, a Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná afirma que o dia de hoje é essencial para reflexão, e não uma data para alimentar o preconceito à religião.

De acordo com Jamil Ibrahim Iskandar, presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, o que aconteceu naquele ano não foi feito pelo islamismo, mas por pessoas.

“É preciso separar a conduta dessas pessoas com a doutrina muçulmana. Quando o fato aconteceu os próprios muçulmanos do mundo inteiro condenaram o atentado. Pessoas inocentes não têm que pagar por uma ideologia ou pelo que os militares americanos fizeram no Afeganistão”, diz.

Segundo ele, “a situação deve ser tratada com diálogo, cada parte respeitando as religiões e as diferenças das doutrinas”, diz. Na última semana, nos Estados Unidos, o pastor evangélico Terry Jones afirmou que queimaria o Alcorão hoje para marcar o aniversário dos atentados, ideia que acabou sendo descartada.

“Esse é um fato isolado, uma pessoa que age assim não é verdadeiramente um líder. A queima do Alcorão não representaria apenas a queima de um livro, mas de algo que é mais sagrado para os muçulmanos”, opina Iskandar. Sobre as consequências caso a queima se concretizasse, Jamil opina afirmando que aconteceria um descontentamento geral entre os muçulmanos.

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