A prefeitura de Curitiba aguarda publicação de portaria do governo federal para o início do processo licitatório que definirá o responsável pela construção e operação do metrô da capital. A declaração foi dada, nesta quarta-feira (7), pelo presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver de Almeida, em reunião convocada pelo presidente da Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal, vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB).

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Cléver confirmou que não há pendências da cidade para com os ministérios responsáveis pela autorização dos recursos e que a prorrogação da assinatura do documento é administrativamente normal. “O governo federal publicará uma portaria para contemplar 24 municípios brasileiros. Projetos estruturantes são complexos, logo é um atraso normal. A expectativa é que a portaria seja publicada até o final de março, talvez antes. Com isso, a licitação para definição da Parceria Público Privada do metrô poderá ser realizada no segundo semestre deste ano, após consulta pública”, esclareceu o presidente do Ippuc.

A primeira fase do metrô irá interligar o CIC Sul ao centro de Curitiba, com custo total de R$ 2,253 bilhões. Destes recursos, R$ 1 bilhão virá do governo federal a fundo perdido, R$ 750 milhões em forma de empréstimo (sendo R$ 300 milhões do governo estadual através do BNDES e R$ 450 milhões do governo federal) e o restante por meio de Parceria Política Privada.

“Os recursos estão confirmados, pois a escolha de Curitiba foi anunciada pela própria presidente Dilma, aqui na capital. A nossa cidade foi o segundo município brasileiro confirmado dentro deste programa de investimentos destinados à mobilidade, logo depois de Belo Horizonte. Mais que um atraso, pode-se dizer que houve um adiantamento do resultado”, brincou Cléver, tranquilizando os vereadores e reforçando que, apesar da espera, o Ippuc comunica-se constantemente com o governo federal para adiantar outros aspectos da execução do metrô. “Estamos discutindo aspectos do financiamento e a taxa de retorno para os investidores privados, para encontrar o melhor modelo econômico para a cidade”, disse.

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Felipe Braga Côrtes destacou a importância da vinda do presidente do Ippuc, para reunir-se com a comissão na Câmara de Curitiba. “Nós iremos acompanhar a execução do metrô permanentemente, para manter a população informada. Este atraso não é uma questão curitibana, pois a prefeitura está em dia com Brasília. Vamos aguardar a definição das outras cidades, pois a nossa capital terá o metrô”, assinalou o parlamentar. Julieta Reis (DEM) demonstrou preocupação com a demora na liberação do documento que confirma os recursos. Jonny Stica (PT) questionou sobre a integração do metrô com o sistema de ônibus existente, ouvindo de Cléver a confirmação de mesma tarifa para o usuário final.