O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, suspendeu temporariamente todas as licenças ambientais emitidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para instalação de aterros sanitários em Curitiba, região metropolitana e Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

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Segundo ele, a intenção é reavaliar as licenças em virtude da grande polêmica gerada sobre a destinação do lixo nessas localidades. O resultado deverá sair em 30 dias.

“Nenhuma licença está suspensa. Estamos apenas num processo de reavaliação dessas autorizações. Ocorreram muitos questionamentos por parte da sociedade e, como gestor público, vi a necessidade de esclarecer todos por meio de uma reavaliação de todo o processo”, explicou o secretário. “Trata-se de um conjunto de observações que nos levaram a paralisar momentaneamente essas licenças”, ressaltou.

A revisão dos procedimentos técnicos que resultaram na emissão de licença ambiental está prevista na resolução número 27 de 2010, assinada pelo secretário nessa semana.

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Na resolução estão envolvidas as licenças emitidas para as empresas Estre Biorremediação, em Balsa Nova; Estre Ambiental, em Fazenda Rio Grande; Protocol-Sante, em Itaperuçu e a Ponta Grossa Ambiental, que pretende construir aterro no município de Ponta Grossa.

A mesma resolução determina que a análise em questão seja feita por técnicos do IAP, Instituto de Águas do Paraná e Mineropar. Nenhum desses técnicos participou nos processos de licenciamento que serão analisados.

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Para o secretário, essa revisão não causará problemas. “Creio que não teremos problemas na destinação de resíduos nas cidades envolvidas. Agora temos que aguardar o resultado da avaliação, para então descobrirmos qual aterro sanitário permanecerá com a licença e qual poderá, eventualmente, perder”, disse.

Negado

A prefeitura de Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba, negou o pedido de licença solicitado pela Cavo Serviços e Saneamento S/A para instalação de aterro sanitário no município.

Segundo a assessoria da prefeitura, o órgão entende que o modelo de aterramento de resíduos contribui apenas temporariamente na destinação de lixo de Curitiba e região metropolitana, além de agredir o meio ambiente e não trazer benefícios em prol da população.