Leituristas da Sanepar sofrem com ataques de cachorros

Os empregados da Sanepar, que forem agredidos por cães, vão registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima e o dono do cachorro poderá responder civil e criminalmente pelas agressões sofridas pelos leituristas.

Esta é mais uma tentativa para reduzir os acidentes e ataques com cães. Para alertar sobre a responsabilidade de quem possui animal, orientações estão sendo entregues junto com a conta de água, nos imóveis onde é detectada a existência dos animais.

No folheto, entre outras informações, é apresentada a punição prevista no Código Civil para quem deixa solto ou guardado sem a devida cautela cão que cause danos a terceiros.

A pena prevista vai desde multa, prestação de serviços comunitários, pagamento de cestas básicas, até prisão de 10 dias a dois meses para o dono de animal que oferece risco à segurança da coletividade.

Os casos de acidentes e de ataque estão aumentando. No ano passado, dos 590 leituristas da Sanepar que atuam no Estado, 147 foram mordidos. Isto significa que 20% da força de trabalho foi atacada.

Neste ano, até outubro, já foram registrados 113 acidentes. Ou seja em 10 meses, 19,15% dos leituristas sofreram ataques. Em Curitiba e Região Metropolitana, entre os 150 que trabalham na atividade, 32% (49 casos) foram vítimas de cães no ano passado. Até outubro deste ano, já são 34 leituristas feridos.

As cicatrizes nas pernas, braços, nádegas, abdômen, rosto e até no seio são a parte visível dos ataques, mas há também os traumas psicológicos. “Pela irresponsabilidade de algumas pessoas, nossos leituristas trabalham com medo. Convivemos com a expectativa que nem sempre todos os nossos funcionários voltarão do trabalho sem ter sofrido ataque ou ser mordido por cachorro. Isto é assustador”, destaca Francisco Carlos Marques, da Unidade de Faturamento da Sanepar, que gerencia a equipe de 150 empregados que diariamente estão sob a ameaça dos animais.

Dicas

No folheto que está sendo entregue, a Sanepar pede que o morador sinalize o imóvel com uma placa indicando a presença de cachorro; informe pelo telefone 115 que no imóvel há o animal; instale a caixa de correspondência em local fora do alcance do cão; nunca o deixe solto na rua; prenda o animal nos dias de leitura da conta de água.

A Sanepar estuda a possibilidade de pedir ressarcimento dos prejuízos causados pela mordida canina. Entre os custos, estão os dias parados do leiturista ferido e com medicamentos, cirurgias e tratamentos psicológicos.

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