Leilão de edifício giratório não atrai compradores

Não houve compradores para o Suíte Vollard, prédio giratório do bairro Mossunguê, no segundo leilão para venda do imóvel, realizado ontem em Curitiba. Apareceu apenas uma pessoa interessada em comprar um dos apartamentos, e não o prédio todo, avaliado em R$ 23,6 milhões.

Pelas regras do leilão de ontem, só poderia ser vendido o prédio, e não apartamentos separadamente. Agora vai acontecer um novo leilão, ainda sem data definida pela Justiça, no qual poderão ser comercializados os apartamentos individualmente. Cada um deles está avaliado em mais de R$ 2,3 milhões.

Caso ainda sobrem apartamentos depois dessa próxima etapa, um outro leilão volta a acontecer, para vender cada um dos imóveis a partir de 60% do valor estimado.

“A lei também autoriza promover uma venda direta, sem necessidade de passar pelo leilão”, explica a advogada Carmen Silva Marcon Garmêndia de Borba, que representa a parte que pede indenização com a venda do prédio giratório.

A indenização, no valor de R$ 2,5 milhões, é pedida por moradores de um outro prédio da Moro Construções, que apresentou problemas de estrutura. O restante do valor do prédio que vai a leilão pode ficar com a própria Moro ou com outros credores.

O prédio giratório foi anunciado como o primeiro do gênero no mundo, levou mais de seis anos para ficar pronto. No entanto, ninguém chegou a morar no local, que fica em uma área privilegiada da cidade.