A nova Lei Seca, com multas mais pesadas para quem for flagrado dirigindo embriagado, aliada à fiscalização mais intensa, tem gerado impactos positivos no trânsito. Segundo o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o número de mortes diminuiu na cidade nos primeiros meses deste ano, na comparação com 2012. O órgão só vai fazer o balanço sobre os efeitos da nova Lei Seca no fim do mês, mas adiantou que a legislação já trouxe benefícios.

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“Percebemos que o número de óbitos está reduzindo. Não sabemos ainda se pela consciência ou pelo valor da multa, de R$ 1.915. Ainda não podemos comemorar porque muita gente ainda dirige alcoolizada”, comenta o tenente Ismael Veiga, do BPTran. De acordo com o militar, a fiscalização mais rigorosa gera mudança de comportamento. “A fiscalização se tornou notícia entre os condutores”, salienta. Em média, o BPTran tem encaminhado 20 pessoas para a Delegacia de Delitos de Trânsito por fim de semana.

Rodovias

Nas estradas federais que cortam o Paraná, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também detectou queda nas mortes em acidentes. No feriadão de Carnaval foram 11 contra 16 no ano passado. “A gente esperava baixar os números, mas não a quantidade que foi”, ressalta o inspetor Wilson Martines, da PRF. Somente em janeiro deste ano, o número de multas e prisões em decorrência da Lei Seca superou o total alcançado em todo o ano de 2011. “Em janeiro deste ano, para cada 100 carros abordados, em 20 existiam motoristas com quantidade de álcool acima do permitido. No Carnaval, a cada 100 veículos, em dois ocorriam autuações”, explica Martines.

Para o inspetor, os números passaram a cair também pelo maior poder que o agente de fiscalização ganhou para autuar e prender com base em outras provas, como constatação do estado de embriaguez e por vídeos. “Hoje, a pessoa quer passar pelo bafômetro para mostrar que não bebeu. Até o final do ano passado, era o contrário”, indica Martines.

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