O primeiro fim de semana em que vigorou a lei seca causou redução de 20% no movimento dos bares em Curitiba. A estimativa é da Associação Brasileira dos Bares e Casas Noturnas (Abrabar).
Esse percentual pode ter sido atingido também por conta do fim do mês, quando as pessoas tendem a gastar menos, segundo o presidente da Abrabar, Fabio Aguayo. ?Tem comerciante exagerando, dizendo que a redução atingiu 80%, mas esse valor depende também do poder aquisitivo da clientela. Por outro lado, estabelecimentos novos não sentiram o impacto?, afirmou.
Para evitar queda de faturamento, a Abrabar busca alternativas, como o incentivo ao uso do táxi. Outra idéia é a criação do ?amigo solidário?, que não beberia e obteria vantagens no estabelecimento. ?Precisamos pensar nessas medidas, porque somos co-responsáveis pela situação, assim como a roda de amigos?, disse Aguayo.
Representantes de bares e casas noturnas começaram um diálogo com a secretaria municipal de Turismo para propor a criação de uma linha de ônibus interbares. ?A idéia é concentrar a linha em hotéis, casas noturnas e bares. A medida, além de beneficiar os clientes dos estabelecimentos, proporcionaria conforto aos turistas e aos trabalhadores dessas casas?, sugeriu Aguayo, que criticou a não realização de blitze em postos de gasolina e supermercados.
Fiscalização
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esclarece que a ingestão de bombons de licor ou o uso de enxagüante bucal, que contêm álcool em sua composição, são identificados apenas alguns minutos depois de consumidos. ?Se o policial verificar essa situação, vai perceber que a pessoa não está embriagada e, minutos depois, fará novo teste?, tranqüilizou Hugolino Trevisan, da PRF.
O limite do álcool depende de cada pessoa. Alguém com 45 quilos que tomar um copo de cerveja vai apresentar cerca de 0,25 miligramas (mg) de álcool por litro de ar expelido. A mesma quantidade ingerida por alguém de 81 quilos resulta em 0,15 mg e, para 99 quilos, 0,10 mg.
