Dos 12 mil estabelecimentos comerciais e de serviços inspecionados em Curitiba desde que a Lei Antifumo entrou em vigor, há seis meses, apenas 49 estavam em desacordo com a norma e precisaram ser autuados. Isso representa 0,41% do total e a adesão da maioria dos curitibanos às novas exigências.
Com a nova lei, os bares, restaurantes e casas noturnas ficaram sem os fumódromos – locais em que, antigamente, era permitido fumar numa área contígua ao espaço principal do local. Além da saúde dos clientes que não fumam e também dos que fumam, o objetivo da extinção dessas alas foi resguardar a saúde de garçons e funcionários da limpeza, que também precisavam circular por elas para realizar o seu trabalho.
Os terminais de ônibus e marquises passaram a ser entendidos pelos curitibanos como áreas cobertas e, por isso, proibidas para o fumo.
Para a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, o intenso trabalho de informação do público antes que a lei entrasse em vigor colaborou para esse resultado. “Assim que a lei foi sancionada, começamos a orientar as entidades representativas de cada setor que teria de passar por adequações. Na Prefeitura, para dar o exemplo, a lei começou a valer 45 dias antes. E durante todo esse tempo fizemos ampla divulgação e tivemos todo o apoio dos veículos de comunicação”, diz.
Foram 96 reuniões com representantes setoriais, além de 46 ações educativas estendidas a cerca de 80 mil pessoas. A estratégia também foi apoiada com a distribuição de aproximadamente 400 mil adesivos para carros, táxis, escolas e estabelecimentos em geral, além de cartazes e folhetos.