Lazer e contato com a natureza no Rio Nhundiaquara

Descer o Rio Nhundiaquara de boia é uma das principais atividades de lazer de quem visita a cidade histórica de Morretes. O passeio, nas pequenas corredeiras e em meio às pedras, proporciona diversão e contato direto com a natureza.

No decorrer do percurso de aproximadamente três quilômetros, geralmente realizado em cerca de duas horas, é possível apreciar a vegetação e se refrescar. Ao longo das margens, diversas propriedades alugam boias aos aventureiros.

Na Pousada Itupava, por exemplo, o aluguel custa R$ 15,00 por pessoa. No preço, também estão incluídos estacionamento, transporte até o local da descida (numa Kombi, em que as boias são colocadas em bagageiro preso ao teto), fornecimento capacete e colete salva-vidas. No final do passeio, os clientes ainda têm direito a banho quente.

Recomendações

“Aconselhamos as pessoas que usem camiseta de manga comprida para não assar o braço na boia; bermuda e tênis para não machucar os pés. O uso do capacete e do colete salva-vidas, fornecidos por nós, é obrigatório”, comenta o proprietário da pousada, Ibrahim Schmidt Segalla. “Só não podem participar da atividade crianças com menos de um metro e meio de altura, pois costumam ser muito leves e as boias pequenas não têm estabilidade nas corredeiras.”

Dicas evitam acidentes

Na água, a dica é segurar a cordinha da boia com dois dedos, se acomodar numa posição firme e se deixar levar. Não é aconselhável descer da boia e mergulhar, porque há muitos galhos no fundo do rio e podem machucar os aventureiros.

“Há um trecho do rio onde existe uma escadinha de pedras. Ali, aconselhamos as pessoas a saírem do rio e façam o percurso a pé. “Descer a escadinha de boia também é arriscado, porque as pessoas podem bater a cabeça nas pedras. Passado este trecho, o passeio só termina na ponte de ferro de Morretes, proporcionando diversos momentos agradáveis”, dizem.

O ideal é que a descida de boiacross seja das 9h às 14h. Depois das 16h, no verão, costuma chover no litoral e a brincadeira pode ficar arriscada. Nos dias em que o rio está muito alto ou há nuvens negras e pesadas na região da Serra do Mar, a descida não é permitida, porque podem ocorrer as chamadas cabeças d”água (aumento súbito do volume da água do rio, e pode carregar os praticantes de boiacross). Quando há muitas folhas e a água tem cor de chá é indício que o rio está subindo e as pessoas são orientadas a sair da água.

Lixo vira arte na pousada

Quem for alugar boias na Pousada Itupava pode aproveitar para entrar no estabelecimento e apreciar os artigos de paisagismo e paredes feitas com garrafas pet ou long neck.

Há cerca de 12 anos, os responsáveis pelo local começaram a juntar as garrafas deixadas ao longo do Rio Nhundiaquara pelos turistas e, sem saber o que fazer, encontraram solução bastante ecológica e contribuiu com o visual da pousada.

“Juntamos as garrafas e meu filho, que é arquiteto, descobriu um modo de usá-las como tijolo. As garrafas pet ou long neck são assentadas como se fossem tijolos e depois é feito o revestimento, que faz com que o produto fique com aparência de pedra. Muitas vezes, no processo, a ferragem é eliminada”, diz o proprietário Ibrahim Schmidt Segalla.

Além de paredes, as garrafas que substituem tijolos são usadas em bancos, mesas, colunas, churrasqueira e artigos de paisagismo da pousada. Em uma única parede, que compõe o espaço do centro de informações aos visitantes foram aproveitadas 1.400 garrafas.

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