Calor e descuido com a higiene: ambiente propício para a proliferação de bactérias causadoras da gastroenterocolite (combinação de diarreia, vômito e febre).
Para evitar um surto da doença, visto que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem monitorando os casos de gastroenterocolite e percebe o aumento no número de atendimentos realizados nas unidades de saúde do litoral em relação ao mesmo período do ano passado.
A recomendação é que os cuidados com a higiene das mãos e dos alimentos não sejam deixados de lado. Lavar as mãos com água e sabão, lavar bem os alimentos que serão consumidos crus e ferver a água não tratada antes de beber ajudam a evitar a doença.
“Em alguns dias desta última semana, verificamos aumento de quase 50% no número de casos em relação ao mesmo período do ano passado. Estamos monitorando os casos, juntamente com as secretarias municipais de saúde, para identificar os agentes causadores dessas diarreias. Nesta época do ano é comum o aumento de casos, principalmente relacionados ao consumo de alimentos mal conservados ou preparados, e ainda a certas viroses próprias do verão”, afirma a diretora da 1.ª Regional da Secretaria de Saúde, Lenora Rodrigo.
A diretora disse ainda que “não foram registrados casos graves, porém o aumento dos casos preocupa porque significa que as pessoas estão deixando de lado os cuidados com a higiene, que eram tão constantes no inverno em virtude da Gripe A”.
A médica infectologista do Hospital Regional do Litoral, Lúcia Ineida, alerta para o perigo das contaminações. “No verão as pessoas estão mais propícias, em virtude do calor. Por isso, o ideal é fazer uma dieta balanceada, evitando frituras e comidas que são vendidas na praia em péssimas condições de conservação. As pessoas quando estão de férias fogem da dieta habitual e consomem mais refrigerantes e bebidas alcoólicas”.
Os sintomas de gastroenterocolite variam: tontura, cólicas, desidratação, náuseas. “O primeiro passo é fazer uma dieta de líquido e mudar a alimentação. Se os sintomas persistirem por mais de 12 horas, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. As pessoas não levam os sintomas a sério e acabam se automedicando, o que é um perigo para a saúde, por pode causar complicações”, reforça a médica.