O Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), colherá hoje, junto com a Polícia Ambiental do Paraná e Secretaria de Meio Ambiente de Paranaguá (Semma), novas amostras das 100 toneladas de sardinhas xingó que apareceram mortas em Paranaguá, no litoral do Estado, quinta-feira passada.
Em virtude disso, a divulgação do laudo que apontará a causa da morte dos peixes deverá acontecer apenas no final dessa semana, segundo a Semma. Para o secretário de Meio Ambiente de Paranaguá, Paulo Emanuel do Nascimento Júnior, o laudo não saiu ontem pela falta de contraprovas necessárias.
“Nesta quarta-feira (hoje) os técnicos pegarão mais informações para montar o laudo final. Não temos o real motivo da mortandade, mas tomamos todas as medidas cabíveis”, afirma o secretário, referindo-se às orientações dadas sobre o consumo de peixes provenientes da baia de Paranaguá. “A população deve evitar o consumo”, ressalta.
A demora preocupa a Defesa Civil do Paraná. “Estamos conversando com todos os envolvidos no sentido de agilizar esse resultado. Saber a causa da morte dos peixes ajudará o trabalho de todos”, afirmou Edson Oliveira Ávila, coordenador regional da Defesa Civil.
Um vazamento químico ocorrido no dia 27 de dezembro no Porto de Paranaguá é praticamente descartado pelo coordenador como razão da mortandade. “O vazamento não teve proporção para causar tantas mortes e foi contido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP)”, avalia.
Um ponto positivo visto por Ávila e por Edmir Manoel Ferreira, presidente da Federação das Colônias de Pescadores do Paraná, é que o número de peixes mortos não aumentou.
“Os peixes que estão na água são os mesmos que surgiram na semana passada. Imaginamos que seja algo bem pontual, que aconteceu entre quinta e sexta-feira passada”, diz. “Mesmo assim a situação para os pescadores está ruim. Ninguém está saindo para o mar, tampouco vendendo peixes”, ressalta Ferreira.