Proprietários de veículos recolhidos pela Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) têm prazo de 30 dias para retirá-los do pátio da Avenida Senador Salgado Filho, Uberaba. Após este período, os 142 carros listados em edital serão leiloados para quitação de eventuais dívidas de licenciamento, IPVA, remoção e estadia do veículo. Embora na citação do edital o prazo estipulado seja de 30 dias, o proprietário pode legalizar a situação do seu veículo até a data do leilão.

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Deste lote divulgado pela Setran, 83 veículos são financiados. “Existe a crença de algumas pessoas que abandonando o veículo com dívida de financiamento em via pública, a dívida morre. É um tremendo engano, pois o débito continua vinculado ao CPF”, esclarece Éder Carlos Rodrigues, diretor de Fiscalização de Trânsito.

Débitos

Segundo ele, algumas pessoas chegam a ligar para a Setran para saber se o abandono do veículo encerra dívida de financiamento. “Isso não acontece, primeiro porque o valor arrecadado com a venda do veículo, geralmente é muito inferior ao volume da dívida. Além disso há a hierarquia de débitos de impostos que precisam ser quitados. No caso de sobra de dinheiro e se o veículo tiver dívida de financiamento, entramos em contato com a financeira e o proprietário para que o recurso seja abatido na dívida”, explica Éder Carlos. Se o valor do financiamento não cobrir uma dívida de IPVA, por exemplo, o nome do proprietário é inscrito em dívida ativa.

Do pátio sai regularizado

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Casos de carros que não foram transferidos e os antigos proprietários reclamam que não receberam o combinado, é possível recuperar o veículo. Basta se dirigir ao Detran e pedir certidão atualizada de proprietário. Também neste caso é necessário quitar todas as dívidas pendentes. “O carro só sai do pátio legalizado”, garante Éder Carlos Rodrigues.

Os débitos com bancos e financeiras merecem atenção. Eles não só continuam existindo como incidem elevadas taxas de juros. “Normalmente as financeiras não vêm buscar os carros, justamente porque o valor da venda não cobre a dívida. Preferem deixar que o veículo vá a leilão e entregam o problema da dívida para empresas de cobrança”, diz.

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