Um homem de 65 anos foi atropelado por uma lancha no fim da tarde de domingo nas proximidades do Balneário de Três Lagoas, Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu. O músico Rui Valdecir Pompeu de Oliveira, 65 anos, nadava no local por volta das 19h, quando a lancha pilotada por Juliana Luciane Melo, 25 anos, o atingiu ao se preparar para atracar no píer. A vítima teve uma das pernas gravemente ferida e está internada na UTI do Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.
De acordo com informações da Polícia Militar de Foz, a piloto não viu que havia uma pessoa na água, passando muito próximo à vítima. Foi quando a hélice atingiu uma de suas pernas. Oliveira foi levado imediatamente para o hospital e a lancha, apreendida. O tenente Odair Gouveia, do Corpo de Bombeiros do Foz, disse que o local onde Rui nadava – entre o Balneário de Três Lagoas e o clube náutico Oeste Clube Paraná – não era apropriado para banho. "Ali é área de circulação de lanchas e outras embarcações", enfatiza.
Em contrapartida, a lancha tinha uma irregularidade: o motor não estava inscrito na Capitania dos Portos, ou seja, a embarcação não possuía regulamentação da Marinha para navegar com o uso de motor. "Mas essa é uma irregularidade leve, somente passível de multa", diz o comandante da Capitania de Foz, capitão Flávio Rocha. No mais, tanto a habilitação da piloto como a inscrição da lancha estavam em dia. "Já abrimos um inquérito administrativo para apurar as responsabilidades sobre a segurança da embarcação", informa. A apuração deve ser concluída em 90 dias e as penalidades serão decididas pelo Tribunal Marítimo, no Rio de Janeiro.
"O local onde aconteceu o acidente é uma rampa de entrada e saída de barcos. Tomar banho ali é estar correndo risco", alerta. O mesmo vale para os jet skis, embarcações que não fogem às regras e punições colocadas pela Capitania a qualquer outro meio de transporte fluvial ou marítimo.
No Hospital Costa Cavalcanti, a informação é que, apesar de o corte provocado pelo acidente ter atingido 90% da circunferência da perna, Rui não chegou a perder o membro. Ele sofreu uma intervenção cirúrgica e, conforme a família, ainda há esperança de não ser necessária a amputação. O músico tem quadro instável, mas não corre risco de morte.