Foto: Chuniti Kawamura

A intenção da Prefeitura é ampliar em 15% a vazão do rio.

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Seis empresas apresentaram, ontem, na Prefeitura de Curitiba, documentação e proposta de preços para as obras de desassoreamento do Rio Belém, no trecho entre a Linha Verde e o Rio Iguaçu. As empresas são a Empo Construções Civis, a Paviservice Construção Civil, a Itajuí Engenharia de Obras, a Viaplan Engenharia, a Dang Construção Civil e a Catedral Construções Civis.

 A intenção da Prefeitura é ampliar em 15% a vazão do rio, através do desassoreamento e alargamento de 7,8 mil metros do seu leito. O trecho em questão cruza os bairros Guabirotuba, Hauer, Uberaba e Boqueirão. Ainda estão programadas obras paralelas, como o plantio de grama e de árvores às margens do rio.

Os documentos recebidos ontem deverão ser analisados até a próxima sexta-feira pela Prefeitura. E as propostas de preço das empresas que tiverem a documentação aprovada deverão ser abertas apenas no próximo dia 22. Há, ainda, a possibilidade de vários recursos por parte das empresas que forem desclassificadas.

Mesmo assim, a Prefeitura estima que o processo de licitação deverá ser concluído até abril. As obras, que podem custar até cerca de R$ 5 milhões, devem durar aproximadamente cinco meses.

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O professor Carlos Garcias, da área de Engenharia Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR), explica que o assoreamento é causado por partículas pequenas de areia, terra, folhas e sujeira que chegam aos rios, principalmente pelas galerias pluviais. Como são mais pesadas que a água, vão para o fundo, onde se acumulam, reduzindo a profundidade do rio e aumentando os níveis das enchentes.

Apesar de comum em rios urbanos, o assoreamento é, segundo Garcias, ?intolerável?. Para ele, que tem o Rio Belém como objeto de estudo, ?é uma mostra que nós, como sociedade, não estamos cuidando bem de nossos rios?. O professor costuma participar anualmente de campanhas educativas e de limpeza do rio.

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A Prefeitura estima que o Rio Belém teve sua profundidade diminuída em cerca de um metro desde as últimas obras de desassoreamento, realizadas há cerca de dez anos.