A grande quantidade de lixo às margens do Lago Aratimbó, em Umuarama, noroeste do Estado, está contribuindo para a crescente contaminação da água e das espécies marinhas.
Uma equipe da Universidade Paranaense (Unipar) detectou, nos últimos dois meses, que o acúmulo de metais como chumbo e cobre está aumentando nos sedimentos do lago.
“Com o tempo, esses metais podem trazer danos para os peixes. Caso o acúmulo continue, pode ocasionar problemas para pessoas que tomarem a água ou comerem peixes do lago”, explicou o professor coordenador da pesquisa, Douglas Dragunski. A pesquisa fez parte do trabalho de conclusão de curso dos alunos da especialização em Gestão Ambiental da Unipar.
Uma análise preliminar da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que mede a quantidade de matéria orgânica, constatou grande quantidade matéria orgânica, que está um pouco acima do nível permitido, que é de 6 a 10 miligramas por litro de água.
“Se o lago não for cuidado, pode haver eutrofização (excesso de nutrientes que causa a proliferação excessiva de algas), que pode acabar com a vida aquática”, alertou o professor.
No entanto, Dragunski é cauteloso em afirmar que o lago esteja contaminado. “Para termos um parâmetro mais correto das condições, a partir do ano que vem realizaremos uma análise durante todo o ano para ver se existem fatores sazonais que possam influenciar na maior ou menor poluição, como a quantidade de chuvas”, afirmou. O curso de Biologia da Unipar também pretende aprimorar um projeto de extensão para o Aratimbó, em 2009, visando a limpeza e a educação ambiental.