Os funcionários do Alpha Laboratórios do Paraná – que até o início do mês prestava serviços ao Hospital Evangélico – estão vivendo momentos complicados. Após o laboratório parar de fazer os exames para o Evangélico, e não receber por eles, foi obrigado a fechar, já que o hospital era seu único cliente. Conforme o ex-gerente de suprimentos do Alpha, Jesiel Alvim de Oliveira, a dívida do Evangélico com o laboratório gira em torno de R$ 2 milhões.
Oliveira explicou que os setenta funcionários do laboratório estão sem receber seus salários e o dinheiro referente às rescisões de contrato. “Queremos que o hospital repasse pelo menos o referente à parte trabalhista. Isso representa cerca de 15%”, exigiu Oliveira.
O funcionário do laboratório contou que o Alpha era parceiro do Evangélico há onze anos. Mas nos últimos dois anos, o hospital começou a atrasar e a repassar menos dinheiro dos convênios particulares e do Sistema Único de Saúde (SUS). “Em setembro de 2001 ele (Evangélico) zerou o repasse. Em maio deste ano o contrato foi reincidindo. Trabalhamos até dia 2 de julho. Desde então, o laboratório não viu mais a cor do dinheiro”, confidenciou.
Credores
Além dos funcionários, o Alpha tem outros credores. Segundo Oliveira, o laboratório foi obrigado a fechar (hoje ele está apenas entregando exames realizados anteriormente) pois deve cerca de R$ 600 mil. O aluguel do imóvel onde o laboratório funcionava, na Rua Capitão Souza Franco, é uma das dívidas. A proprietária do imóvel, Regina Marconsin, contou que não recebe os R$ 2.300 mensais referentes ao aluguel do imóvel faz um bom tempo. “Desde novembro não recebo”, queixou-se na tarde de ontem, após ir ao laboratório e mais uma vez ficar sabendo que o laboratório só poderá pagá-la quando receber do Evangélico.
A reportagem de O Estado tentou contato com a direção do Hospital Evangélico, mas até o fechamento desta edição não teve resposta.