A Unidade de Produção de Medicamentos (UPM/Lepemc) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está com uma produção de 100 milhões de unidades completamente ociosa. Isto aconteceu após o encerramento de um convênio que o laboratório possuía com o Ministério da Saúde (MS), em 30 de junho deste ano. A UPM está sem qualquer perspectiva de fornecimento.
O laboratório tem uma função social e serve para a formação de alunos de diversas áreas. O convênio com o MS, para o programa de tratamento de hipertensão e diabetes, previa o encaminhamento de recursos para a UPM, que produzia medicamentos e os distribuía para municípios paranaenses.
Em 2004, o fornecimento atingiu 90% dos municípios paranaenses. Há um mês e meio, os recursos passaram a ser destinados diretamente aos estados e municípios. No Paraná, o sistema de aquisição de medicamentos acontece por meio do Consórcio de Intergestores Paraná Saúde, que compra os medicamentos por licitação para as cidades consorciadas, segundo Adriana Lenita Meyer Albiero, coordenadora do laboratório.
Isto causou a falta de perspectivas de fornecimento na UPM. ?Como somos um laboratório público, nem sempre temos estrutura e agilidade para participar de licitações, apesar dos preços competitivos?, explica Adriana.
A UPM está tendo apenas trabalhos internos e de capacitação. A capacidade de produção, que está totalmente ociosa hoje, chega a 100 milhões de unidades por ano. O recorde atingido pelo laboratório foi 34 milhões de unidades no biênio 2004/2005. A UPM produz os medicamentos captopril 25 mg, paracetamol em gotas e ASS 100 mg.
Adriana alerta que os municípios que não fazem parte do consórcio ou aqueles que fazem parte, mas ainda não conseguiram suprir a demanda, podem comprar os remédios diretamente com o laboratório sem a necessidade de processo licitatório, por se tratar de uma instituição pública. O laboratório foi criado em 1993 e segue todas as legislações requisitadas, de acordo com a coordenadora.