O aniversário de 55 anos da Kombi no Brasil foi lembrado com festa ontem. Centenas de proprietários, multidão de curiosos e 114 exemplares do veículo utilitário, lançado no País em 1957, se reuniram para celebrar um dos automóveis mais cultuados pelos colecionadores. A comemoração teve automóveis vindos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os veículos foram reunidos em um mosaico, que formou o tradicional desenho da frente da Kombi.

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A festa aconteceu durante o quarto encontro anual do Kombi Clube Curitiba. “Começamos em 2009, com 32 carros, e hoje é um dos maiores eventos de Kombi do Brasil”, diz o presidente Marco Rebuli, dono de uma “kombosa” ano 1974, toda pintada e decorada com o tema surfe.

Versátil

Não faltaram estilos diferentes pra comprovar a versatilidade do modelo: furgão militar, trailler, escritório, jardineira, psicodélico, rock n’ roll… Cada uma com a cara e a personalidade de seu dono e até com nomes próprios, como a “Trovão da Noite”, com pintura cinza-chumbo, ano 1976.

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Um show que fez o mecânico Fernando Dalzotto, de 19 anos, viajar mais de 530 quilômetros desde Tapejara, no Rio Grande do Sul, a bordo de sua Kombi 1974, que ganhou do pai ainda adolescente, há cinco anos. “Eu nunca tinha viajado sozinho e não conhecia Curitiba. Vim só para participar do mosaico. Valeu muito a pena”, comemorou.

Mas a festa também teve seu lado triste. A partir do ano que vem, a Kombi deve ter sua produção encerrada no Brasil. Após 55 anos de fabricação, o velho modelo não conseguirá se adaptar às novas leis de trânsito, que passarão a exigir airbags e freios ABS. “Faremos um mosaico em forma de coração partido”, promete Rebuli.

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