O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) determinou, no início da noite de ontem, multa de R$ 100 mil por dia às empresas Prosegur e Brink’s, algumas das responsáveis pelo transporte de valores em Curitiba, caso elas desobedeçam a determinação de disponibilizarem os carros-fortes para reposição de cédulas em agências bancárias.
Alguns bancos de Curitiba chegaram a reduzir o limite diário de saque, em caixas eletrônicos e no atendimento dentro dos bancos, de acordo com informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.
A medida preventiva foi tomada por algumas superintendências dos bancos para que não faltassem cédulas, já que se passaram cinco dias sem que os caixas-fortes da capital fossem reabastecidos com dinheiro.
O impasse começou com a greve dos vigilantes das empresas que fazem o transporte de valores. No entanto, no meio da semana, trabalhadores de duas das quatro empresas de Curitiba, Prosegur e Brink’s, informaram à Justiça que decidiram voltar ao trabalho.
Estranhamente, as empresas não liberaram os carros para fazer a entrega. Para o SindVigilantes, essa pode ser uma estratégia das empresas para forçar a renegociação de contratos com os bancos.
Durante toda a semana, a reportagem de O Estado não conseguiu encontrar o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores, Gerson Pires, para comentar a situação.
A pedido do SindVigilantes, o TRT-PR foi apurar se as empresas estão deixando de colocar os carros-fortes nas ruas, mesmo com os funcionários tendo comparecido ao trabalho, o que configura prática de lockout pelas empresas de transporte de valores.
A vice-presidente do TRT-PR, desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, também determinou que 40% dos empregados de cada empresa representada pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (SindVigilantes) voltem ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.