A necessidade de recurso extra para terminar a obra ou adquirir aquilo que a maioria das construtoras não entrega nos novos imóveis como pisos, pias e torneiras leva muita gente a procurar algum tipo de financiamento para esse fim, sendo o Construcard, da Caixa Econômica Federal, um dos mais usados. Mas o juro baixo, de 1,40% a 1,85% dependendo do grau de relacionamento com o banco, não precisa ser a única vantagem para quem precisa dispor do empréstimo.
A gerente geral da Caixa em Curitiba, Maria Célia Rossato, diz que antes de tomar o crédito, o recomendável é saber se a reforma é imprescindível naquele momento, já que embora o juro seja baixo encarece a compra. “Outro ponto indispensável é saber exatamente o que se quer fazer, pois a pessoa tem até seis meses de prazo para usar o dinheiro, porém, enquanto não encerra a compra, fica pagando mensalmente o juro de amortização do que já foi adquirido”, alerta.
Prazo
Outro caminho é não gastar nada até concluir todo o planejamento da destinação do recurso. Segundo a Caixa, o juro da amortização só começa a ser cobrado quando o cartão é usado.
Se não usar nada, não paga a amortização. O período de utilização é de dois a seis meses para aquisição de material de construção, armários embutidos, piscina, elevador ou aquecedor solar. Móveis prontos e eletro-eletrônicos são financiado por outra linha da caixa chamada Móveiscard.
O prazo é até 90 meses para o parcelamento. “Se a pessoa compra tudo no primeiro mês, já começa a pagar a parcela e reduz a prestação já que o período de carência é incorporado ao financiamento, atingindo em alguns casos até 96 meses”, orienta Maria Célia. Cliente de longa data da Caixa ou com vários produtos contratados pode e deve exigir mais facilidades. Como o lojista recebe à vista o valor da compra, é importante na hora de fechar negócio barganhar pelo melhor preço. “O fornecedor recebe na hora, portanto, quem tem o Construcard tem seu poder de negociação multiplicado”, enfatiza.
Parcela
O economista e professor da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Carlos Magno Bittencourt, que além de investir no diálogo com a Caixa e lojistas para fazer render o dinheiro, o consumidor deve estar atento para o valor da parcela. “Tem que caber no orçamento, do contrário a facilidade pode virar complicação”. Segundo a Caixa, já existe cuidado na análise da documentação, para que o comprometimento financeiro não ultrapasse 30% da renda familiar.