Luis Felipe Manvailer, biólogo acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava, região Central do Paraná, foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão após julgamento finalizado na noite de ontem. O julgamento que começou na última terça-feira (4), num caso que chocou o país em 2018.
O júri popular formado para julgar Manvailer tinha sete homens e nenhuma mulher. O biólogo foi condenado por feminicídio, homicídio por motivo fútil e meio cruel – asfixia. Ele também foi condenado por fraude processual. Na decisão, o juiz Adriano Scussiato Eyng não concedeu a Manvailer o direito de recorrer em liberdade, mantendo a prisão preventiva.
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Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) há dois anos e nove meses. Também foi determinado o pagamento de R$ 100 mil a título de danos morais para a família de Tatiane.
Pedido de desculpas
Manvailer foi interrogado no domingo (9), no sexto dia de seu julgamento, e falou por mais de 11 horas, até a madrugada desta segunda-feira (10). Durante seu depoimento, Manvailer afirmou que não matou Tatiane e pediu perdão à família de Tatiane.
“Primeiramente, antes de começar a responder, eu gostaria de primeiro pedir perdão à família da Tatiane por todas as agressões que eu cometi. Eu não matei a Tatiane, gostaria de pedir perdão pelo mesmo motivo para minha família, eles sabem que não sou assim, e à todas as mulheres do Brasil, pedir perdão por isso. Eu não matei Tatiane”, disse.
O réu é acusado de ter matado e jogado Tatiane do quarto andar do prédio onde moravam, na madrugada do dia 22 de julho de 2018. Durante seu interrogatório, de acordo com informações do jornal Bom Dia Paraná, da RPC, Manveiler se dirigiu ao juiz, defesa e jurados, e utilizando um direito, se recusou a responder às perguntas feitas pelo Ministério Público (MP-PR) e pela assistência de acusação.