Expectativa

Juízes federais ameaçam paralisar atividades

Em busca de melhores condições de segurança e reajuste salarial, os juízes federais de todo o Brasil não descartam a possibilidade de uma paralisação caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal.

Eles aguardam um parecer a respeito do pedido de reposição da inflação dos últimos seis anos e a aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto de lei que prevê mais segurança a magistrados que se sintam ameaçados.

De acordo com o presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), Anderson Furlan, a reivindicação por melhores condições de segurança surgiu com a notícia da morte da juíza Patrícia Acioli, no Rio de Janeiro.

“Essa magistrada foi assassinada por militares, que deveriam protegê-la. No Paraná, felizmente nada aconteceu ainda, mas muitos profissionais estão em situação de risco e, quando um juiz se sente acuado, não consegue desenvolver seu trabalho direito, fazendo com que toda a sociedade saia perdendo”, comenta.

Em relação ao pedido de reajuste salarial, ele garante que não querem “nem R$ 1 de aumento real, apenas que os salários sejam corrigidos adequadamente”. Caso as reivindicações não sejam atendidas em breve, a categoria promete uma mobilização.

“Se não houver uma solução a curto prazo, pode haver paralisação. Esta deliberação será feita durante o Encontro Nacional dos Juízes Federais, que acontece no início de outubro”, afirma o presidente da Apajufe.

Amatra

Também no início de outubro, no dia 5, os juízes do Trabalho farão uma reunião em Brasília para discutir a situação da categoria. De acordo com o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho do Paraná (Amatra), Carlos Conte, os magistrados irão avaliar, na reunião, o processo de negociação com o Governo Federal e definir os próximos passos do movimento.

Ele afirma que após o protesto organizado pela categoria no Dia Nacional de Mobilização pela Valorização da Magistratura, em 21 de setembro, houve a abertura de diálogos com a Casa Civil e o Ministério da Justiça. No entanto, não existiria qualquer avanço no reconhecimento da pauta dos magistrados ou qualquer sinalização de que os pedidos serão atendidos.

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