A novela que envolve a instalação da Usina Hidrelétrica de Mauá ganhou mais um capítulo nesta semana.
Na última sexta-feira, o Tribunal regional Federal da 4.ª Região publicou a decisão do desembargador federal Edgard Lippmann Júnior, que condiciona a concessão de licenças de instalação das usinas e barragens na bacia do Rio Tibagi à elaboração de uma Avaliação Ambiental Integrada (AAI).
A decisão é comemorada por ambientalistas que, contrários à obra, vêm trabalhando com diversas ações judiciais para evitar a instalação da usina.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Biologia do Paraná da Sétima Região (CRBio07-PR), Rogério Genari, o órgão nomeou uma comissão que apontou uma série de erros nos estudos realizados pela AEPE.
?Essa comissão produziu um documento com 200 páginas em que pesquisadores de universidades apontam falhas no levantamento de impacto ambiental?, diz. Diante disso, o CRBio07-PR emitiu um parecer, no dia 10 de maio, que recomenda a suspensão temporária do processo de licenciamento.
Entretanto, de acordo com a Copel, que detém 51% do consórcio Energético Cruzeiro do Sul, dono da concessão de construção e exploração da usina, a decisão de Lippmann não altera o planejamento de instalação, pois o consórcio já havia obtido a licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para a instalação da obra. A usina de Mauá deve receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal.