O juiz Rubens dos Santos Junior negou o pedido da defesa do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) para transferi-lo de local de prisão. A defesa pedia para que o tucano ficasse em uma unidade de custódia “condizente” com o cargo público que ocupou. O tucano foi levado nesta terça-feira (19) ao Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região de Curitiba, ao ser preso preventivamente no âmbito da Operação Quadro Negro. Outras duas pessoas ligadas a ele – o ex-secretário Ezequias Rodrigues e o empresário Jorge Atherino – também foram presos.
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O requerimento foi feito durante a audiência de custódia dos presos, realizada na tarde desta terça-feira (19) no Centro de Custódia de Curitiba, no Ahú. A defesa pediu para que o tucano fosse levado para uma “sala de Estado Maior”, condizente com o cargo público que ocupou, e citou o caso do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que segue preso na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. “Por motivos similares, [o então juiz federal] Sergio Moro determinou que Lula fosse recolhido em estabelecimento que de alguma forma observasse a dignidade do cargo ocupado”, argumentou a defesa.
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Também destacou que já há um precedente favorável. A defesa se refere à Operação Rádio Patrulha, deflagrada em setembro do ano passado, quando Beto Richa foi preso provisoriamente e levado para uma unidade da Polícia Militar, o Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio, no bairro Tarumã, em Curitiba.
O juiz Rubens dos Santos Junior informou, apenas, que não atenderia ao requerimento. As defesas de Atherino e de Ezequias Rodrigues não apresentaram requerimentos durante a audiência de custódia. Os três foram levados para o CMP logo após a audiência custódia.
Durante menos de cinco minutos, Beto Richa também foi questionado pelo juiz Rubens dos Santos Junior sobre as circunstâncias da prisão. O ex-governador do Paraná confirmou que o mandado foi cumprido de forma “regular”. O juiz também questionou se a família dele já estava ciente da prisão, um procedimento padrão em audiências de custódia: “O Paraná inteiro”, respondeu o tucano.
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