A mãe de uma jovem de 24 anos com deficiência intelectual denunciou que a filha foi estuprada por um amigo do pai da vítima, em Apucarana, Norte do Estado. A jovem foi dada como desaparecida no domingo (1°), por volta das 19 horas, e só foi encontrada pela mãe no dia seguinte, às 14h30, após uma série de apelos nas redes sociais em busca do paradeiro dela.
Ao conversar com a mãe, ela conseguiu dar detalhes do tempo em que passou sumida, em que o homem teria lhe servido bebidas alcoólicas e ordenado que ela tirasse a roupa. Ele também teria gravado vídeos do crime.
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Em entrevista à reportagem, a mãe da jovem contou que o homem mora em outro bairro, mas que frequentemente era visto próximo da residência onde ela e a filha moram.
“Esse cara começou a passar na rua da minha casa várias vezes. No dia 30 de dezembro, ele passou mais de dez vezes, de moto. Eu vi, meu irmão viu. Já no domingo, ele passou na hora do almoço. Ele passava de moto e parava o veículo na esquina da rua”, lembrou.
A jovem, que faz tratamento psiquiátrico, não tem o costume de sair de casa sozinha. “Ela é dependente de mim até para tomar banho. Ela sempre pergunta antes. Ela só sai quando é acompanhada”, explica a mãe. No domingo, no entanto, em questão de “minutos”, segundo a mãe, ela desapareceu. “Eu entrei no banheiro e ela havia sumido”.
Desesperada, a mãe registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento e publicou um apelo nas redes sociais para encontrar a filha. Tempos depois, ela foi informada que a jovem havia sido vista em outro bairro, andando sozinha. “Minha filha fica muito no quintal, e acredito que ele deve ter passado e chamado por ela, porque ela não tem maldade.”
No momento do reencontro, a filha relatou que o homem pediu para que ela subisse na moto e a levou para a casa dele.
Ele deu bebida alcoólica para ela, pediu para ela tirar roupa, dançar para ele, fez vídeo, pediu para tomar banho com ele. Ele ficou um tempo com ela e depois a soltou na rua, falou para ela sair e dar uma volta. Ela ficou meio desnorteada e ficou andando sozinha, até ser encontrada no dia seguinte. Meu medo era alguém matá-la e eu não achar o corpo dela.
Após o relato da filha, a mãe registrou um novo boletim de ocorrência na DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher). Ela disse que não viu o homem novamente no bairro, e pede por urgência nas investigações. “Minha filha é uma pessoa com deficiência. Estou indignada com a situação. Ela já fez exame no IML, mas até agora não prenderam esse homem.”
À reportagem, a Polícia Civil informou que “tem realizado todas as medidas necessárias para apuração do fato e aguarda laudos que auxiliarão nas investigações”. A jovem foi submetida aos exames de corpo de delito e ouvida pela polícia. A mãe e as testemunhas também prestaram depoimentos. “Diligências seguem sendo realizadas para esclarecimento do caso”, finaliza comunicado.