A poluição sonora é o terceiro maior gerador de problemas ambientais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é um símbolo da neurose urbana que toma conta das grandes cidades. Para lutar contra esse problema, o jornalista José Fiori fundou há cerca de cinco anos a ONG Associação de Direito de Defesa ao Silêncio. As reflexões tiradas das reuniões com a associação estão no livro Textos para Ouvir, lançado há cerca de dois meses. A boa repercussão conseguida com a obra fez o jornalista promover uma espécie de relançamento, que acontece na quinta-feira, no Café & Cultura. “Tive um reconhecimento muito grande. Artistas, mundo acadêmico e intelectuais em geral. Todos gostaram”, diz Fiori, que agora pensa em fazer o lançamento do livro também no interior do Estado.
Apesar de considerar sua própria luta “quixotesca”, o artista diz que existem leis que garantem o direito ao silêncio. “A lei municipal 8.583 de 10 de novembro de 95 regulamenta os níveis sonoros permitidos em propagandas. Também existem leis federais e estaduais nesse aspecto”, lembra Fiori, que finaliza desmentindo um possível charme do barulho. “Além de ser prejudicial à saúde, o excesso de barulho é esteticamente feio”, conclui.
Serviço – Relançamento do livro Textos para Ouvir. Quinta-feira, no Café&Cultura (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 26) às 19h30.