Pra comemorar o Dia do Jornaleiro, hoje, vale a pena destacar o trabalho de Gianfranfo Toniolo, que busca incentivar a leitura de jornais pelas gerações mais novas, através de uma campanha nas mídias digitais pra atrair mais leitores. Mesmo competindo com notícias disponíveis em plataformas digitais, Gianfranco, que é proprietário de uma banca no Portão, aproveitou a data e o meio virtual pra convidar as pessoas a tirarem uma foto ao lado de seus jornaleiros.
A ideia é ir atrás de um novo público. “A grande maioria de meus leitores é composta por pessoas acima de 35 anos. A ideia da campanha é fazer com que a geração Y, que está apenas em plataformas digitais, possa ter contato com o jornal impresso. O hábito de ler uma notícia inteira e completa, como aparece no impresso, reduziu”, explica Gianfranco. Com a hashtag #Prestigieseujornaleiro ele espera alcançar novos leitores. “Temos que ir onde esses leitores estão e mostrar que existe diferença entre consumir a notícia impressa e digital”, afirma.
Banca com mais produtos
As diferenças que o jornaleiro comenta são apontadas pela Pesquisa Brasileira de Mídia de 2015, realizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, que aponta que o meio impresso ainda é o veículo mais confiável do brasileiro. Esse dado faz com que os jornaleiros sigam otimistas. A pesquisa mostrou que 58% dos leitores confiam mais nas notícias do meio impresso.
Pro presidente do Sindicato de Vendedores de Jornais e Revistas do Paraná, Laércio Skaraboto, é preciso que os novos profissionais se adequem à realidade. “As pessoas ainda buscam as bancas pra comprar, isso não acabou. Mas mudou muito, pois poucos leitores são fiéis, a maioria compra o jornal em busca de uma determinada informação. O caso é que precisamos oferecer mais produtos, pois apenas o jornal não mantém mais uma banca”, afirma Laércio.
Variedade
Neste ano foi sancionada lei municipal que permite às bancas venderem uma gama maior de produtos, como itens de papelaria e turismo. Isso serviu pra atenuar a queda enfrentada pelo setor. Segundo Laércio, em relação a 2014, as vendas de jornais caíram 30%. “Se observarmos, em todos os países ainda há procura do impresso. No sindicato reforçamos isso pros colegas, pois ainda acreditamos no jornal como produto que se vende fácil”.
Veja o vídeo e participe da campanha!