Jogar lixo em rio gera prisão em Maringá

Quem for pego em flagrante jogando lixo em rios, córregos ou ribeirões de Maringá poderá ser preso. Essa é a estratégia da Prefeitura para tentar diminuir a poluição das águas do município. Só neste ano foram retiradas cerca de 300 toneladas de lixo de sete córregos da cidade. O amparo para essa decisão está na Lei Federal de Crimes Ambientais e artigos da Constituição Federal.

A grande preocupação da Prefeitura, afirma o gerente de Recursos Hídricos da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Carlos Augusto Campêlo Lopes, é que boa parte dos resíduos que são jogados nas águas contém materiais altamente poluentes, como baterias de celulares, pilhas comuns, materiais de marcenaria, telhas de zinco e materiais odontológicos. Isso foi identificado através de um estudo feito nas principais  bacias hidrográficas, sendo as regiões mais críticas as dos córregos Morangueira, Cleopátra e Maringá. ?O perigo é que esse tipo de lixo contém materiais pesados, como alumínio, cádmio e mercúrio, que não são depurados pela água. E essa água utilizada para o consumo ou na produção agrícola acaba levando esses materiais pesados para o homem, que acumula isso no organismo, acarretando muitos problemas de saúde?, afirma.

O trabalho de fiscalização -que começa na segunda-feira (18) – será feito pela Guarda Municipal e polícias Civil e Militar. ?Tanto a Constituição como as leis federais dizem que poluir as águas, independente da reparação do dano, é passível de multa e prisão. Só estamos fazendo valer a lei, que existe e será cumprida?, garante Lopes. Segundo ele, o período de detenção pode variar de um a cinco anos, além do pagamento de multas, que podem chegar, dependente do dano, a R$ 1 milhão.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo